quinta-feira, janeiro 18, 2018

Prefeitura de Mairiporã, na Grande SP, confirma mais uma morte por febre amarela

A Prefeitura de Mairiporã informou na tarde desta quarta-feira (17) que exames confirmaram que a morte do técnico em refrigeração Anderson Lopes Oliveira, no último dia 9, foi causada por febre amarela. O exame foi feito pelo Adolfo Lutz. Até então a morte era considerada suspeita pelas autoridades de saúde.

Nesta terça-feira, a Prefeitura de Mairiporã decretou estado de calamidade pública na saúde por causa da febre amarela. O município também anunciou que não vai mais vacinar quem mora em outras cidades. Devido à grande procura de moradores de municípios vizinhos, os postos de vacinação de Mairiporã passarão a exigir comprovante de residência. Mais de 90% da população local já foi vacinada.

O técnico em refrigeração Anderson Lopes Oliveira começou a apresentar os sintomas da doença em 1º de janeiro. Depois de várias idas a unidades de saúde de Mairiporã e Franco da Rocha, e de ouvir diagnósticos como sinusite, gases e infecção urinária, foi internado no dia 5 num hospital estadual.

O resultado do exame do Adolfo Lutz mostra que o sangue para a realização do exame de febre amarela só foi coletado no dia 5. Anderson não tinha tomado a vacina contra a febre amarela e deixou dois filhos, de 6 e 8 anos.

Secretária de Saúde de Mairiporã, Grazielle Bertolini, informou em entrevista coletiva que seis mortes pela doença foram confirmadas no município (Foto: Reprodução/TV Globo)
Secretária de Saúde de Mairiporã, Grazielle Bertolini, informou em entrevista coletiva que seis mortes pela doença foram confirmadas no município (Foto: Reprodução/TV Globo)

Seis mortes no município
A secretária de Saúde de Mairiporã, Grazielle Bertolini, informou em entrevista coletiva que seis mortes pela doença foram confirmadas no município, de um total de 13 casos de pessoas que foram contagiadas e 57 casos suspeitos.

“Hoje temos 13 casos confirmados de febre amarela humana, sendo 6 óbitos. Tratamos o município como área de risco. O que mudou desde a semana passada é que resolvemos o nó da assistência, com fluxo bem estabelecido junto ao Instituto Emílio Ribas e com a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS). Agora, nosso paciente é atendido antes de se tornar grave”, disse Bertolini.

Desde janeiro, a cidade já vacinou cerca de 20 mil pessoas que não moram na cidade. Desde agosto de 2017, Mairiporã já aplicou 97 mil doses da vacina.

A secretária disse ainda que a Prefeitura de Mairiporã mudou a estratégia de ação desde a última semana. “Após promover vacinação 24 horas por dia durante uma semana, atingindo 100% de cobertura vacinal, intensificamos outra estratégia, que é a investigação in loco dos casos suspeitos casa a casa”, explicou Grazielle Bertolini.

“O decreto que trata da situação de calamidade garante o acesso às residências particulares onde somos impedidos de adentrar. Esse monitoramento vai varrer 321 km² para descobrir se alguém não tomou a vacina. O perfil de quem não toma é o mesmo de quem adoeceu – homem, entre 25 e 48 anos, trabalhador rural", alerta.

Fonte: G1

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