Vândalos destruíram um presépio com 72 peças em tamanho natural e que representava a luta contra a corrupção. Ele ficava diante do Palácio São Joaquim, sede da Arquidiocese do Rio de Janeiro, no Glória, na Zona Sul. O caso foi registrado na Polícia Civil.
O presépio foi construído com a ajuda de doações e com recursos do próprio padre que esculpiu as peças. Inicialmente, a hipótese de que o local teria sido destruído pela chuva e vento que atingiram a cidade nas últimas 24 horas. Mas depois alguns detalhes chamaram a atenção de que se tratava de um caso de vandalismo.
“Ontem pela manhã nos deparamos com essa cena dantesca, com o presépio todo destruído. Algumas imagens estavam com a cabeça decepada e o menino Jesus foi roubado. O interessante é que o vento teria sido seletivo, pois derrubou os panteões dos poderes Executivo e Legislativo. O mais alto, que era o da corrupção, que o vento derrubaria e estragaria, estava intacto”, explicou o padre Wanderson José Guedes, que concebeu a obra.
O depoimento dos moradores de rua foi decisivo para determinar o que tinha acontecido.
“Os moradores de situação de rua, que ficam abrigados debaixo do presépio, disseram que depois da primeira chuva veio um grupo de rapazes e quebraram tudo”, contou o padre.
De acordo com o sacerdote, a obra já tinha sido alvo de críticas. “Alguns não gostaram muito porque o presépio teve a questão do protesto e algumas pessoas dizem que a Igreja Católica não deve mexer com política. E nós não citamos partidos políticos. Apenas falamos sobre corrupção. Eu já esperava alguma coisa, mas não nessa proporção”, explicou.
A Polícia Civil informou que está investigando o caso e verificará câmeras de segurança na região para tentar identificar os envolvidos.
Fonte: G1
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