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sexta-feira, janeiro 05, 2018

Médica acusada de ajudar marido a planejar assassinato de prefeito de Colniza (MT) tem habeas corpus negado

Yana Fois Coelho Alvarenga deu apoio para a concretização do crime, segundo decisão da Justiça (Foto: Reprodução)
A médica Yana Fois Coelho Alvarenga, presa por suposta participação na morte do prefeito de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, Esvandir Antonio Mendes, teve o pedido de habeas corpus negado nessa quarta-feira (3) pelo juiz Ricardo Nicolino de Castro, da Comarca de Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá. O G1 ainda não localizou a defesa dela.

Na decisão, o magistrado aponta que ela deve continuar presa porque supostamente teria intimidado testemunhas durante as investigações e poderia prejudicar o andamento processual. Yana é mulher do empresário Antônio Pereira Rodrigues, apontado como mandante do homicídio.

A médica está presa desde o dia 26 de dezembro e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

A informação consta na decisão em que o magistrado acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) contra Yana, o marido dela e outros dois.

Na decisão, com base na denúncia do MPE, o juiz menciona que a médica tinha conhecimento da “trama criminosa” e que prestou o auxílio necessário para a execução do prefeito. A investigação aponta que Yana apresentou os dois executores ao marido e providenciou a fuga deles.

“Com efeito, a representada teve papel relevante e central na empreitada criminosa, dando todo o suporte necessário para a prática do crime, demonstrando menosprezo à vida humana”, diz o magistrado em trecho da decisão.
Segundo o MPE, "a todo tempo ela demonstrou intenção de atrapalhar a coleta de outras provas, nunca sendo demais lembrar que a denunciada pertence à família de grande poder econômico e goza de prestígio social o que não raramente, ser meio intimidatório para a colheita de provas”.

Yana está presa na Penitenciária Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

Denúncia do MP
Com a denúncia do MP, além da médica e do marido dela, viraram réus Zenilton Xavier de Almeida e Welison Brito da Silva, apontados como executores. O G1 não conseguiu localizar defesa deles.


Os cinco devem responder, entre outros crimes, por organização criminosa e homicídio qualificado por motivo fútil e promessa de recompensa.

Prefeito foi perseguido e atingido por disparos quando chegava em Colniza (MT) (Foto: Arquivo pessoal)
Prefeito foi perseguido e atingido por disparos quando chegava em Colniza (MT) (Foto: Arquivo pessoal)

Morte de prefeito
Esvandir foi morto no dia 15 de dezembro quando voltava da zona rural do município. Ele foi perseguidos pelos suspeitos que estavam em um SUV de cor preta. Após os disparos, o prefeito ainda conseguiu dirigir e chegar no perímetro urbano.

O corpo de Esvandir foi levado para Rondônia, onde foi sepultado. Primeiro, foi realizado um velório, no ginásio municipal de Colniza, e depois o corpo foi levado para Ji-Paraná (RO). Várias pessoas acompanharam o velório na cidade e se emocionaram.

Os denunciados também vão responder por tentativa de homicídio qualificado contra o secretário de Finanças do município, Admilson Ferreira dos Santos, 41 anos, que estava no veículo junto com o prefeito e também foi baleado.

Fonte: G1

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