O fim de semana foi de chuva em pelo menos 30 municípios do Rio Grande do Norte, a maior parte deles na região Oeste - uma das que mais sofre com a seca. A estiagem, que já dura seis anos consecutivos, é considerada a mais severa de todos os tempos no estado.
De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), que registrou as chuvas entre as 7h da sexta-feira (12) e as 7h desta segunda (15), a maior precipitação foi em Umarizal, com 25 milímetros.
Também choveu em outras regiões do estado. Confira a lista:
Região Oeste
Umarizal: 25mm
Assu: 17mm
Baraúna: 16,9mm
Viçosa: 15mm
Itaú: 13,9mm
Ipanguaçu: 9,4mm
Portalegre: 4,8mm
Frutuoso Gomes: 3mm
Janduís: 3mm
Carnaubais: 2,5mm
Alto do Rodrigues: 2,3mm
São Rafael: 1,7mm
São Francisco do Oeste 0,8mm
Região Central
São José do Seridó: 12mm
Caicó: 3,1mm
Cruzeta: 2,9mm
São Fernando: 1,2mm
Região Agreste
João Câmara: 11mm
Bento Fernandes: 4mm
Monte Alegre: 4mm
Bom Jesus: 3,4mm
Vera Cruz: 3,2mm
Nova Cruz: 2mm
Região Leste
Maxaranguape: 7,5mm
Extremoz: 6,6mm
Natal: 6,5mm
Ceará-Mirim: 6,4mm
Senador Georgino Avelino: 5,2mm
Goianinha: 3,5mm
Montanhas: 1,3mm
Em 2009, com a água no topo da torre de observação, dá pra ter uma ideia do quanto a barragem Armando Ribeiro secou. Ao lado, imagem registrada agora, no início de 2018 (Foto: Carlos Santos Júnior/Cedida e Anderson Barbosa/G1)
Seca histórica
Dos 167 municípios potiguares, 153 estão em estado de emergência por causa da seca. Atualmente, 16 cidades estão em situação de colapso no abastecimento d'água e outras 82 em sistema de rodízio.
Na barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado, o volume de água está em 11,5%. É o mais baixo desde sua construção, em 1983. O reservatório entrou no chamado volume morto no início do ano.
Segundo o Instituto de Gestão das Águas do Estado (Igarn), se não voltar a chover logo, o fornecimento de água a partir da barragem deve ser interrompido em no máximo 40 dias. Messias Targino e Patu, dois dos 40 municípios que dependem da Armando Ribeiro, entraram em colapso na quarta-feira (10).
Esperança
As previsões para 2018 são um alento, mas não garantias. Segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), o estado deve ter chuvas acima da média a partir de março, mas nada suficiente para encher os grandes reservatórios.
Fonte: G1
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