Atar no leste da capital, é o único internacional da capital e foi evacuado quando estouraram os confrontos. Seis aviões foram atingidos pelos disparos, segundo uma fonte aeroportuária.
De acordo com o Ministério da Saúde do governo líbio, respaldado pela ONU, pelo menos 63 pessoas ficaram feridas. O GNA não indicou se as vítimas eram civis ou combatentes.
Aeroporto com prisão
O grupo armado lançou "um ataque" contra o aeroporto, "que tem uma prisão, onde mais de 2.500 pessoas estão detidas por motivos diversos", relatou a força Al-Radaa ("dissuasão"), encarregada de garantir a segurança da infraestrutura.
Os agressores ainda não foram identificados, mas, em uma nota, o GNA de Fayyez al-Sarraj afirmou que a operação tinha como objetivo libertar "terroristas pertencentes às organizações Estado Islâmico (EI), Al-Qaeda e outros grupos" detidos no centro "administrado pela Força de dissuasão Al-Radaa, subordinada ao Ministério do Interior".
A direção de Segurança de Trípoli - também ligada ao Ministério do Interior - anunciou, por sua vez, que vários invasores foram detidos.
"Todas as infraestruturas da base militar e o aeroporto estão sob controle e não foram danificados", garantiu o órgão.
O GNA condenou o que considerou "um ataque premeditado (...) que pôs em risco a vida dos passageiros e a segurança da aviação civil".
"O pessoal do aeroporto e os passageiros foram evacuados" desde o início dos combates, disse à AFP um piloto de linha comercial que pediu anonimato. "Vimos tanques no perímetro do aeroporto", acrescentou.
Milícias rivais
As trocas de tiros de armamentos pesados foram ouvidas até Tajura, uma localidade que fica 30 quilômetros ao leste de Trípoli.
Apesar de uma recente melhora relativa da segurança na capital, combates explodem esporadicamente no setor do aeroporto de Mitiga, no centro de uma disputa de influência entre milícias.
A Força de dissuasão al-Radaa é formada basicamente de salafistas não extremistas, concentrados, sobretudo, no leste da capital. Leal ao GNA, ela atua como polícia em Trípoli e persegue traficantes e pessoas suspeitas de pertencerem ao EI.
O GNA está instalado em Trípoli há quase dois anos, mas luta com dificuldade para impor sua autoridade a todo território, em especial devido à presença de uma autoridade paralela no leste.
A Líbia está mergulhada no caos desde a queda do ditador Muammar Kadhafi em 2011. A ONU definiu um plano de ação que prevê eleições para este ano, na tentativa de sair da crise.
Até agora, apenas as companhias aéreas líbias operam no país, garantindo voos domésticos e ligações regulares com Túnis, Alexandria (Egito), Amã, Istambul e Cartum.
Fonte: G1
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