Cinquenta pessoas foram detidas em uma manifestação contra a visita do Papa Francisco ao Chile e os casos de pedofilia que envolvem sacerdotes, durante uma missa presidida pelo pontífice nesta terça-feira (16) em Santiago, informou a imprensa local.
Mais de 100 manifestantes marcharam perto do parque O'Higgins, localizado no centro da capital, onde cerca de 400 mil fiéis se reúnem desde a madrugada para presenciar a liturgia de Francisco.
Segundo a mídia local, a polícia reprimiu o protesto com carros com jatos de água e deteve 50 manifestantes.
Protesto contra a visita do Papa Francisco ao Chile nos arredores do parque O'Higgins, em Santiago (Foto: Eitan Abramovich/AFP)
Eles marcharam com cartazes contra os 80 padres acusados de terem cometido abuso sexual contra menores de idade desde 2000 no Chile, um escândalo que provocou a queda de popularidade da Igreja Católica e o aumento da desconfiança dos chilenos em relação ao clero.
Os manifestantes também protestaram contra o alto gasto que os três dias de visita do Papa ao Chile significarão, que pode alcançar os US$ 6 milhões, cifra que a imprensa local estima poder superar os US$ 10 milhões pelos gastos de segurança e comunicação que o governo deve cobrir.
Os manifestantes avançaram entre gritos de "morrer lutando" e "cúmplices pedófilos".
Policiais detêm manifestante que protestava contra a visita do Papa Francisco ao Chile, em Santiago (Foto: Eitan Abramovich/AFP)
Vários protestos foram registrados desde o início da visita do Papa Francisco ao Chile, classificada pelo Vaticano como uma das mais complexas já realizadas.
A isso se somam ataques incendiários e com explosivos a nove igrejas na capital e em Temuco (sul) por supostos grupos extremistas.
Dentro de seu percurso, Francisco visitará Temuco na quarta-feira (17) e Iquique (norte) na quinta, para depois ir ao Peru em uma viagem de três dias.
Fonte: G1
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