Um dos maiores embustes praticados no comércio deverá acabar em breve: o parcelamento “sem juros”. As empresas de cartões de crédito propuseram ao Banco Central o fim da modalidade e a ideia é substituí-la por modelo de crediário a ser oferecido ao consumidor com informação sobre os juros cobrados. A mudança, segundo apurou o jornal Valor Econômico, viria acompanhada da redução no prazo de pagamento dos lojistas pelos bancos, de 30 para cinco dias.
A proposta faz parte de um conjunto de medidas que as administradoras de cartões vêm debatendo desde o fim de 2016, a pedido do BC, para reduzir custos, ampliar o uso desse meio de pagamento e aproximar o modelo brasileiro das práticas internacionais.
O fim do parcelamento “sem juros” deve enfrentar resistência de consumidores e lojistas.
O histórico de juros altos fez com que o varejo criasse, no Brasil, a ilusão do pagamento de parcelas, no cartão de crédito, sem incidência de juros. Na prática, o consumidor é estimulado a pagar a prazo, uma vez que o preço à vista e o parcelado são idênticos. Como não há desconto na compra à vista, se o usuário de cartão opta por pagar tudo de uma vez, ele arca indevidamente com o custo financeiro embutido no preço do produto.
Fonte: Portal no Ar
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