Um terço das mulheres de 16 a 29 anos que não estudavam ou trabalhavam em 2016 alegaram não realizar essas atividades por ter que cuidar de afazeres domésticos, filhos ou parentes. Quando observados homens que alegaram o mesmo motivo, o percentual é de apenas 1,4%.
Os dados fazem parte da pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (15). O instituto investigou os motivos alegados pelos jovens que nem estudam e nem trabalham, os chamados “nem nem”.
De acordo com o IBGE,25,8% da população entre 16 a 29 anos não estudavam nem trabalhavam em 2016. O indicador aumentou 1,8 ponto percentual em relação a 2015 (24%). A fatia de jovens nessa condição vem em movimento de alta desde de 2012, quando 22,8% estavam nessa situação.
O percentual da população nessa faixa etária é o único dado comparável da pesquisa. O IBGE investigou pela primeira vez os motivos que levam os jovens a não trabalhar ou estudar no país.
O instituto divulgou nesta sexta diversos dados sobre mobilidade social e educacional, nível de renda e trabalho, e também detalhes sobre a população que vive na faixa de extrema pobreza.
Entre os “nem nem”, observa-se diferença entre gêneros, seja no percentual total, sejam nos motivos alegados. Ao todo, 32,7% mulheres nessa faixa etária não estudam nem trabalham. Entre homens, o percentual é de 19%.
Mulheres negras são maioria nessa condição: 37,6% do contingente. Já homens brancos são 16,4%. “Uma jovem preta ou parda possuía 2,3 mais chances do que um jovem branco de não estudar nem estar desocupada em 2016”, diz o relatório do IBGE.
Enquanto a maioria dos homens alega o questões relativas ao chamado desalento, que é quando a pessoa para de procurar emprego por falta de oportunidade ou por conta da baixa qualificação, as mulheres alegam mais questões relacionadas ao lar.
Fonte: Portal no Ar
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