O presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, também conhecido po KKK, negou na noite desta quinta-feira (14) ter recebido pagamentos ilegais da construtora brasileira Odebrecht e disse que não renunciará ao cargo. Logo após a suspeita de envolvimento em caso de corrupção, a oposição passou a pressionar para ele deixar o cargo.
KKK também afirmou que pedirá para as autoridades judiciais do seu país que levantem seu sigilo bancário e que vai colaborar com as investigações do Congresso e da Justiça peruana.
“Não vou abdicar nem minha honra, nem meus valores, nem as minhas responsabilidades como presidente (...) Nos custou muito recuperar a democracia. Não voltaremos a perdê-la”, disse. “Não vou correr, nem me esconder. Não tenho motivos para isso”, afirmou o presidente de 79 anos, que iniciou seu mandato em julho de 2016. "Não vou me deixar amedrontar”.
Kuczynski recebeu nesta quinta um ultimato das forças opositoras para que renuncie ao cargo, logo após a Odebrecht, envolvida em casos de subornos na América Latina, admitir que abonou quase US$ 5 milhões a empresas vinculadas ao presidente peruano, entre 2004 e 2013.
"Peço o levantamento de meu sigilo bancário para que revisem tudo o que queiram e assumo todas as responsabilidades que derivam de minhas ações", afirmou Kuczynski, em mensagem televisionada, em que ele apareceu acompanhado de seus ministros.
Kuczynski também disse que não se "deixaria intimidar" pelas advertências da oposição política no Congresso, liderada pelo fujimorismo, que ameaça retirá-lo do cargo se ele não renunciar.
Pedro Pablo Kuczynski apareceu na TV junto com seus ministros (Foto: HO / Presidência do Peru / via AFP Photo)
Fonte: G1
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