A cidade de Nova York registrou em 2017 os índices de criminalidade mais baixos desde a década de 1950. A prefeitura atribui essa queda a uma mudança na atitude da polícia.
Pessoas andam nas ruas com celulares nas mãos, bolsas, sacolas. Aparentemente elas não estão muito preocupadas.
A moradora diz: “Eu me sinto segura andando em Nova York. As estatísticas de crime são ótimas”.
E ela tem razão. Nova York não era tão segura desde a década de 1950. Quem diz isso é a própria polícia, amparada em números indiscutíveis.
Em 1990 a cidade teve 2.245 assassinatos. Em 2017, até a quarta-feira (27), foram 286. De 2016 para 2017 houve queda em todos os principais tipos de crimes: homicídio, estupro, latrocínio, roubo, roubo de carros.
Se o índice continuar assim, nos próximos três dias, quando o ano acaba, Nova York vai completar um impressionante ciclo de 27 anos seguidos de queda na criminalidade. Nesse período, a cidade teve muitas políticas de segurança pública e talvez a mais famosa delas tenha sido a de tolerância zero.
Na década de 90, a polícia passou a combater pequenos delitos com mão de ferro. Isso porque se acreditava que esses delitos, mais cedo ou mais tarde, levariam a crimes mais sérios. Mas os dados não confirmaram essa crença e as ações mais duras começaram a sofrer críticas, principalmente a que autorizava policiais a abordar e revistar qualquer pessoa, na rua.
Em 2013, uma corte federal declarou que a prática era inconstitucional porque discriminava jovens negros e latinos, os mais abordados pelos policiais
O atual prefeito, Bill de Blasio, prometeu uma polícia mais próxima da comunidade, menos repressora. Os adversários previram o caos e um aumento dos crimes, mas não foi isso que aconteceu.
Com menos tiros e mais uso de armas não-letais, como as de choque, com ações específicas e combate a gangues ou bandidos reincidentes, que eram responsáveis pela maioria dos crimes, e com uma polícia mais próxima dos 8,5 milhões de moradores, a criminalidade continuou a cair.
Fonte: Jornal Nacional
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