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terça-feira, novembro 14, 2017

Presos pela PF em operação que investiga desvio de verbas para vítimas de enchentes são soltos em PE

 Sede da vice-governadoria de Pernambuco, na Avenida Cruz Cabugá, no centro do Recife, foi alvo de buscas na Operação Torrentes (Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press)
A Justiça Federal de Pernambuco (JFPE) negou o pedido do Ministério Público e da Polícia Federal pela prorrogação da prisão temporária dos presos investigados na Operação Torrentes, que investiga desvios que podem chegar a até 30% de contratos que totalizam R$ 450 milhões para compra de colchões, filtros de água e comida para flagelados de enchentes na Mata Sul de Pernambuco neste ano e em 2010. Com isso, 14 dos 15 presos estão sendo soltos nesta terça-feira (14).
Entre os liberados estão os empresários Antonio Manoel de Andrade Júnior, Antonio Trajano da Rocha Neto, Heverton Soares da Silva, Ítalo Henrique Silva Jaques, João Henrique dos Santos, Rafaela Carrazzone da Cruz Gouveia Padilha, Ricardo Henrique Reis dos Santos, Ricardo José de Padilha Carício, Roseane Santos de Andrade, Daniel Pereira da Costa Lucas e Taciana Santos Costa. A informação foi confirmada pela Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres).
A Polícia Militar também confirmou a soltura dos coronéis Fábio de Alcântara Rosendo e Roberto Gomes de Melo Filho. A decisão ainda vale para o tenente-coronel da PM Laurinaldo Félix Nascimento, que estava em prisão domiciliar. O acusado era monitorado por meio de tornozeleira eletrônica.
O coronel aposentado da Polícia Militar Waldemir José Vasconcelos de Araújo já havia sido solto após ter o habeas corpus concedido pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) na sexta-feira (11).

Procurado pelo G1, o advogado Ademar Rigueira, que representa Ricardo José de Padilha Carício, Rafaela Carrazzone da Cruz Gouveia Padilha, Taciana Santos Costa, Ricardo Henrique Reis dos Santos e João Henrique dos Santos, disse que a determinação é um alento para a defesa.
“Nós já vínhamos contestando a prisão. Foi bom ver que a gente ainda pode contar com o judiciário para afastar esse tipo de excesso [do Ministério Público e da PF]. Não precisamos ir para o tribunal para contestar. O juiz já reconheceu neste caso”, apontou.
Na segunda-feira (13), governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), se pronunciou pela primeira vez após a deflagração da Operação Torrentes. Questionado sobre os oficiais da PM, que atuaram na Secretaria da Casa Militar, ele evitou falar sobre punição até que as denúncias sejam apuradas. 
O coronel da Polícia Militar Fábio de Alcântara Rosendo atuou como secretário executivo da Defesa Civil em 2017. Ele foi substituido pelo tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Luiz Augusto de Oliveira França. A determinação foi publicada no Diário Oficial nesta terça-feira.

Fonte: G1

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