O ex-secretário parlamentar da Câmara Job Ribeiro Brandão afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF), que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) pediram para ele destruir anotações, agendas e documentos que poderiam comprometer os dois peemedebistas.
Ex-assessor de Lúcio Vieira Lima na Câmara, Job Brandão foi preso, em setembro, na operação da Polícia Federal que encontrou R$ 51 milhões em um apartamento, em Salvador, usado como cofre pelo ex-ministro Geddel Vieira Lima. Atualmente, ele está em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico.
Até a última atualização desta reportagem, o G1 não havia conseguido localizar o advogado Gamil Foppel, responsável pela defesa dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima.
PF encontrou caixas e malas com dinheiro em apartamento que seria utilizado como cofre-forte por Geddel na capital baiana (Foto: Divulgação, PF) PF encontrou caixas e malas com dinheiro em apartamento que seria utilizado como cofre-forte por Geddel na capital baiana (Foto: Divulgação, PF)
PF encontrou caixas e malas com dinheiro em apartamento que seria utilizado como cofre-forte por Geddel na capital baiana (Foto: Divulgação, PF)
Job Ribeiro Brandão se tornou alvo da PF porque os investigadores encontraram digitais dele no apartamento em que estavam escondidos os R$ 51 milhões e até em parte do dinheiro.
O ex-auxiliar do irmão de Geddel prestou depoimento aos policiais federais na última terça-feira (14), na capital baiana. Aos investigadores, Job Brandão relatou pedidos que recebeu de Geddel enquanto o ex-ministro de Michel Temer estava em prisão domiciliar em Salvador.
No depoimento, o ex-secretário parlamentar contou que, a pedido de Geddel, Lúcio e da mãe dos irmãos Vieira Lima, Marluce, auxiliou na destruição de documentos. Segundo ele, esses documentos foram picotados e jogados em um vaso sanitário.
O ex-assessor da Câmara também relatou que a secretária Milene Pena e a mulher de Lúcio, Patrícia, participaram da operação de descarte de documentos.
Delação premiada
Job Ribeiro Brandão pediu nesta sexta-feira (17) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da prisão domiciliar e do monitoramento eletrônico.
No pedido enviado ao ministro Luiz Edson Fachin, a defesa de Job diz que, no depoimento à Polícia Federal, ele “manifestou espontaneamente o desejo de colaborar com as investigações”, num indicativo que pode fazer um acordo de delação premiada.
A TV Globo confirmou que o ex-assessor está em negociação com a Procuradoria Geral da República (PGR) para fechar acordo de delação premiada.
O ex-assessor já se colocou à disposição para entregar o que sabe sobre o episódio dos R$ 51 milhões. A próxima fase é apresentar documentos aos procuradores.
Só depois disso, a PGR decidirá se aceita ou não a proposta da defesa para fechar acordo de delação.
Fonte: G1
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