Pelo menos seis presos fugiram da Penitenciária Estadual de Cascavel (PEC), no oeste do Paraná, na madrugada desta quarta-feira (15).
Segundo o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), os fugitivos estavam separados dos demais detentos no parlatório, o espaço reservado para os presos receberem a visita de advogados e de familiares.
Atualmente, cerca de 780 presos estão na PEC. Com a destruição de 70% da estrutura recém-reformada após a rebelião de 2014, os detentos estão sendo mantidos fora das galerias.
O grupo aproveitou que a maioria dos policiais militares e agentes do Serviço de Operações Especiais (SOE) do Depen faz a segurança dos demais presos divididos em dois pátios da penitenciária e terminou de serrar uma das grades do espaço. Eles escaparam por um dos túneis cavados durante a rebelião.
Até a última atualização desta reportagem, um dos fugitivos tinha sido recapturado.
A penitenciária foi alvo de uma rebelião que se estendeu por 43 horas entre quinta-feira (9) e sábado (11). O motim acabou com três agentes penitenciários e 28 presos feridos, além de um preso morto.
Um dia antes do fim da rebelião, na sexta (10), 39 presos já tinham fugido do local. Quatro deles foram recapturados nesta terça (14) – dois no Paraguai e dois em Toledo, também no oeste do Paraná.
Estragos da rebelião
Imagens aéreas feitas no sábado (11) mostram os estragos na unidade após o fim da rebelião. Na unidade, foram encontrados ainda dois túneis.
O diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo de Moura, garantiu que mesmo com parte da estrutura danificada os presos permanecerão na PEC. Ele ressaltou que as visitas de familiares permanecerão suspensas até que as reformas no local sejam concluídas. Neste período, apenas policiais, agentes e funcionários que prestam serviços na penitenciária poderão entrar.
Cartaxo informou que trata-se de um "estado de exceção" e que não há previsão de quanto tempo devem durar as obras.
Fonte: G1
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