O presidente Michel Temer determinou ao Ministério da Educação, nesta segunda-feira (9), a liberação de recursos para a reconstrução da creche Gente Inocente de Janaúba, que foi incendiada pelo vigia do local, na quinta-feira (5). Damião Soares dos Santos, de 50 anos, jogou álcool em crianças e nele mesmo e, em seguida, ateou fogo. No horário havia 75 crianças e 17 funcionários na escola; onze pessoas morreram.
Em nota divulgada à imprensa, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou ainda que o Ministério da Saúde enviará equipamentos ao Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, referência no tratamento de queimados, que recebeu feridos no incêndio. Até a tarde desta segunda, o hospital da capital ainda possui 12 pessoas internadas vítimas do ataque.
Os valores não foram informados, nem quando o dinheiro será liberado.
A escola receberá o nome de Helley Abreu Batista, professora que morreu no ataque.
Professora morreu no hospital (Foto: Juliana Peixoto/ G1)
Ataque e autor
A creche Gente Inocente foi construída pelo município há 17 anos, de acordo com o prefeito da cidade, Carlos Isaildon Mendes (PSDB). Na quinta-feira (5), onze pessoas morreram após o vigia colocar fogo no local. Na sexta-feira (6), após vistoria dos bombeiros, o prédio de creche foi interditado por risco de desabamentos.
Damião não tinha contato com as crianças, segundo o prefeito. O vigia trabalhava das 18h às 6h e as crianças entravam às 7h saiam às 17 horas. No dia da tragédia, de acordo com o prefeito, as professoras não tinham motivo para barrá-lo.
No ataque, além das crianças, a professora Helley Abreu Batista, segundo a polícia, morreu depois de salvar diversas crianças após lutar com Damião. No domingo (8), o presidente Michel Temer concedeu à professora a Ordem Nacional do Mérito. Segundo a Presidência, a homenagem é concedida a pessoas que deram exemplos de dedicação e serviço ao país e à sociedade brasileira.
Até a tarde desta segunda, 24 pessoas que estavam hospitalizadas. Nesta tarde, Lucas Gabriel Martins Silva, 4 anos, deixou a Santa Casa de Montes Claros. Outras 23 continuam internadas, sendo que oito estão na Santa Casa, 14 em Belo Horizonte, e 1 no Hospital Universitário. Alguns estão em estado grave e respiram com ajuda de aparelhos.
Antes do ataque, Damião disse a familiares que "essa semana iria morrer". O delegado responsável pelo caso disse que o vigia já apresentava "sinais de loucura" desde 2014.
Fonte: G1
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