terça-feira, outubro 03, 2017

PF diz que morte de reitor da UFSC não interfere na Operação Ouvidos Moucos

Cancellier morreu na segunda-feira (2) em Florianópolis  (Foto: Reprodução/RBSTV)As investigações da Operação Ouvidos Moucos da Polícia Federal não devem ser afetadas pela morte do reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier de Olivo. Ele estava afastado da UFSC por determinação judicial.
De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Federal, a morte de Cancellier não compromete a investigação e o andamento do inquérito. A morte dele deve ser investigada exclusivamente pela Polícia Civil, que instaurou inquérito na segunda-feira (2).
Na Justiça Federal de Santa Catarina, o processo continua normalmente, pois o inquérito envolve outras pessoas e outros fatos, conforme a assessoria de imprensa da Justiça. Nenhum dos investigados foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e o processo está em fase de investigação, ainda segundo a assessoria.
Cancellier foi encontrado morto na manhã de segunda-feira (2) no Beiramar Shopping, em Florianópolis. Em nota, a assessoria do shopping disse que por volta das 10h30 um homem cometeu suicídio, caindo no vão central. Ele se jogou da escada do piso L4.
Operação Ouvidos Moucos
Cancellier e outras seis pessoas foram presas em 14 de setembro, na operação, que apura desvio de recursos em cursos de Educação a Distância (EaD) oferecidos pelo programa Universidade Aberta no Brasil (UAB), na UFSC. O grupo foi liberado no dia seguinte.
Cancellier morreu na segunda-feira (2) em Florianópolis (Foto: Reprodução/RBSTV)
Operação Ouvidos Moucos
Cancellier e outras seis pessoas foram presas em 14 de setembro, na operação, que apura desvio de recursos em cursos de Educação a Distância (EaD) oferecidos pelo programa Universidade Aberta no Brasil (UAB), na UFSC. O grupo foi liberado no dia seguinte.

Segundo a PF, Cancellier era suspeito de tentar interferir nas investigações internas feitas pelo corregedor-geral, Rodolfo Hickel do Prado. O corregedor diz ter sido ameaçado pelo reitor e que foi pressionado a fornecer dados da investigação.
Também houve denúncias de uma professora e uma coordenadora do EaD (Educação a Distância) a respeito de tentativas de "abafar" as investigações.
O reitor chegou a declarar que o afastamento do cargo após operação da PF era "um exílio" e que a prisão "foi traumática". Ele negou que tenha tomado alguma medida para obstruir quaisquer denúncias em relação à universidade.
No sábado (30), a 1ª Vara Federal de Florianópolis havia autorizado Cancellier a entrar no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) do campus da capital em 5 de outubro, a fim de participar de uma sessão pública.

Fonte: G1

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