Foi fácil. E o Grêmio soube demonstrar a facilidade. Nem mesmo os torcedores mais otimistas poderiam prever o que o Tricolor gaúcho fez na noite desta quarta-feira, em Guayaquil. Ao repetir seus melhores momentos no ano, controlou o adversário, foi mortal na medida certa e contou até com um milagre de Marcelo Grohe para vencer o Barcelona por 3 a 0 e encaminhar vaga à final da Libertadores. Luan, duas vezes, e Edílson construíram o placar.
E O TAMANHO DA VANTAGEM?
O segundo jogo será daqui a uma semana, na Arena, em Porto Alegre. O resultado permite ao time de Renato Gaúcho perder em casa por dois gols de diferença que ainda assim vai à decisão. O Barcelona leva aos pênaltis se devolver o placar e passa direto se bater os gaúchos por três gols, a partir de 4 a 1. O empate beneficia o Grêmio. No domingo, pelo Brasileirão, o Tricolor enfrenta o Avaí, em Santa Catarina, pela 31ª rodada, às 19h.
PRIMEIRO TEMPO
Não deu nem para o começo. O Barcelona-EQU sequer amedrontou o Grêmio. O time de Renato Gaúcho mostrou sua superioridade e não deu margem a dúvidas. Precisou de sete minutos para deixar claro que mandaria no jogo. Em seu primeiro lance de ataque, chegou ao gol. Bruno Cortez cruzou da esquerda. A bola desviou e chegou em Luan. O atacante chutou, a bola bateu na zaga e matou Banguera. Mas o Tricolor não estava satisfeito. Disposto a fazer o placar e encaminhar a vaga, ampliou. Aos 20, Edílson cobrou falta da intermediária. A bola passou ao lado da barreira. Banguera apenas olhou ela estufar as redes. Com a vantagem de 2 a 0, o Grêmio deixou a bola com o Barcelona, mas sem perder o controle da partida. Quando subia, incomodava o sistema defensivo equatoriano.
SEGUNDO TEMPO
Desesperado por um melhor resultado, o Barcelona trocou dois atacantes já no intervalo. Aos 30 segundos, Díaz tentou fazer de calcanhar na pequena área. Aos três minutos, Marcelo Grohe operou um milagre em chute à queima-roupa de Ariel e, aos seis, o Grêmio liquidou a fatura. Em tabela com Edílson, Luan recebeu na entrada da área e bateu de primeira para fazer o segundo dele na partida e o terceiro do Tricolor. Com o domínio territorial, restou controlar – e com chances para fazer mais – até o apito final.
ELE ESTÁ DE VOLTA!
Entre apreensão e incerteza, os gremistas esperaram por quase dois meses a volta de Luan, após ele sentir um estiramento muscular na coxa direita no dia 7 de setembro. Em meio a tudo isso, uma venda frustrada e a negociação pela renovação de contrato ainda emperrada. Mas ele reapareceu dois jogos atrás, aos poucos, como havia previsto a comissão técnica. Nesta noite, mostrou o que faz dele a peça chave na engrenagem. Marcou duas vezes e mostrou a desenvoltura para comandar o meio de campo nos 90 minutos. A vitória é de Luan.
MILAGROHE!
Se Luan tem participação direta na vitória elástica em solo equatoriano, Marcelo Grohe não fica muito atrás. O relógio marcava três minutos do segundo tempo, e o Barcelona vinha com tudo em busca do 2 a 0 no placar. O cruzamento veio da direita, Díaz desviou de cabeça, e Ariel ficou um passo à frente do gol. Ele fuzilou na cara de Grohe, que espichou o braço direito em um movimento de puro instinto. A bola explodiu ali mesmo, em uma defesa de moldura.
E O VAR?
Se dentro de campo as atenções estavam voltadas totalmente ao que o Grêmio poderia demonstrar com o retorno do time considerado titular, fora dele o árbitro de vídeo rompia barreiras da tecnologia na história do futebol sul-americano. Nos dois jogos das semifinais, o instrumento estava disponível para tirar dúvidas em lances polêmicos. A vitória gremista foi tão tranquila que o sistema passou despercebido em Guayaquil.
Fonte: Globo Esporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!