quarta-feira, outubro 11, 2017

Danúbia chora na Cidade da Polícia, após prisão: 'Eu não fiz nada'

A mulher do traficante Nem da Rocinha, Danúbia Rangel, negou participação no tráfico de drogas da Rocinha enquanto era conduzida por policiais na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio, para onde foi levada após sua prisão.
"Eu não fiz nada", disse Danúbia, chorando muito, ao ser questionada por repórteres se estava arrependida e se foi expulsa da comunidade. Por volta das 20h20, Danúbia estava na Delegacia de Combate às Drogas, na Cidade da Polícia, prestando depoimento. Em seguida, será encaminhada para o Complexo Penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio
A prisão de Danúbia foi feita por agentes da 39ª DP (Pavuna) e da 52ª DP (Nova Iguaçu), na Ilha do Governador. No fim de tarde, a "primeira-dama do tráfico" foi levada para a Cidade da Polícia.
Ao ser presa, Danúbia saía na casa de uma amiga, dirigindo um carro na Rua Carlos Magno, um dos acessos ao Morro do Dendê. Segundo agentes que efetuaram a prisão, Danúbia não quis dar muitas declarações. Disse apenas que que tem poucas informações do marido, já que não podia visitá-lo por estar foragida, e que não sabe praticamente nada da guerra da Rocinha.
Segundo os policiais, Danúbia estava sendo monitorada há um mês. Há duas semanas, Danúbia conseguiu escapar de uma operação na comunidade Vila Pinheiros.
As duas delegacias participaram da prisão porque ambas investigavam os tráfico de drogas e conseguiram informações sobre ela e decidiram monitorá-la. O inquérito principal sobre o tráfico na Rocinha, no entanto, continua com a 11ª DP (Rocinha). No momento da prisão, Danúbia também chorou muito.
"Conseguimos quebrar uma importante comunicação da quadrilha", disse o delegado Marco Aurélio Ribeiro, sem dar mais detalhes.


Expulsa pelo bando de rival
A criminosa foi expulsa da Rocinha pelo bando de Rogério 157, rival do grupo de Nem na disputa pelo tráfico na comunidade. A batalha sangrenta, intensificada há semanas, levou à realização de operações de segurança quase diárias, inclusive com o reforço das forças militares – nesta terça, houve novos tiroteios.
Segundo investigações, mesmo expulsa pela quadrilha rival, Danúbia ainda tem influência na Rocinha.
Condenada por tráfico, associação com o tráfico e corrupção
Danúbia Rangel foi solta pelo desembargador Siro Darlan em março do ano passado. Uma semana depois, foi julgada e condenada a 28 anos de prisão por tráfico de drogas, associação com o tráfico e corrupção. Desde então, estava foragida.
Em abril deste ano, o advogado de Danúbia entrou com pedido de prisão domiciliar, alegando que Danúbia tem uma filha de 10 anos. O objetivo do recurso era que ela deixasse de ser foragida e passasse a cumprir a pena em casa.
Três desembargadores da 7ª Câmara Criminal avaliaram o caso. Dois foram contrários e um a favor, o desembargador Siro Darlan.

Fonte: G1

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