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segunda-feira, outubro 09, 2017

Após novo tiroteio, polícia encontra dois corpos na Rocinha

A Polícia Militar encontrou corpos de duas pessoas na Rocinha na manhã desta segunda-feira (9). Segundo a corporação, os cadáveres estavam na Rua Um e foram encontrados após mais um tiroteio registrado na comunidade. Conforme informou o RJTV, por volta do meio dia, equipes da Divisão de Homicídios eram aguardadas no local.
Desde o começo da manhã, homens do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) realizam uma operação na Rocinha. O tiroteio ocorreu por volta de 11h. A polícia não informou onde exatamente ocorreu o confronto.
No domingo (8), intenso tiroteio também foi registrado na Rua Um entre agentes do Batalhão de Choque e criminosos, conforme divulgado pela PM. Moradores, no entanto, relatam confrontos em vários locais da comunidade.

Vítimas de balas perdidas
Desde a saída das Forças Armadas da Rocinha, ao menos três moradores da comunidade foram atingidos por balas perdidas. Durante os tiroteios registrados no domingo, o vendedor de roupas, Egberto Fernandes Queiroz, de 22 anos, morador da comunidade, foi atingido por uma bala perdida dentro de casa. O tiro atingiu o ombro direito do rapaz enquanto ele tomava banho para ir ao trabalho, no Barra Shopping.
Egberto foi socorrido por amigos e levado ao Hospital Miguel Couto no fim da manhã. Pouco antes das 17h, o jovem, que não precisou ser operado, teve alta do hospital e não quis dar entrevista.

Egberto foi baleado na Rocinha (Foto: Cássio Bruno/G1)

A mãe do rapaz, Evanilde Brito Fernandes, de 46 anos, está abalada, mas aliviada em ver o filho fora de perigo. "É um momento delicado. Mas ele está bem, graças a Deus. É o nosso Brasil", desabafou.
"Apesar da gente morar na Rocinha, a gente nunca imagina que possa acontecer com a nossa família", disse o irmão da vítima, Geovani Fernandes, de 20 anos.
No sábado (7), outro morador da Rocinha foi baleado durante tiroteio entre policiais militares e traficantes. Após a troca de tiros, um menor de idade foi reconhecido e apreendido pelos PMs. O episódio aconteceu um dia após confrontos deixarem quatro vítimas na comunidade.
Na sexta (6), a vítima foi uma adolescente de 16 anos, que também foi atingida por uma bala perdida dentro de casa. Nicolly de Almeida Tavares foi ferida por um tiro nas costas. Ela foi internada no Hospital Miguel Couto, no Leblon, e seu estado de saúde era considerado estável.
Em entrevista ao G1 na sexta-feira, a mãe da adolescente, Samantha, disse que, embora aliviada por a filha não ter sido ferida com gravidade, ficou “arrasada”.
"É muita tristeza, cara, porque a gente acha que nunca vai acontecer com a gente, né? Mas, enfim, arrasada. Esse é o sentimento, e a gente não sabe quando isso vai parar. Estamos à mercê disso aí", desabafou a mãe de Nicolly.
Um tiroteio no mesmo horário em que Nicolly foi baleada entre agentes do Batalhão de Choque e traficantes deixou dois suspeitos mortos. Eles chegaram a ser levados para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiram e morreram.
Um terceiro suspeito baleado deu entrada à tarde na unidade. Segundo a PM, homens do Batalhão de Ações com Cães (BAC), em patrulhamento na localidade do Valão, trocaram tiros com criminosos. O ferido portava uma pistola 9mm, apreendida. O suspeito foi carregado em um carrinho de mão até a viatura, onde foi colocado na caçamba e levado ao hospital.

Fonte: G1

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