A Polícia Civil apreendeu uma arma que pode ser a utilizada pelo policial militar Jarbas Colferai Neto, de 23 anos, para matar o atleta Matheus Garcia Vasconcelos Alves, de 24, em uma emboscada em São Vicente, no litoral de São Paulo.
Segundo a investigação, o atirador atraiu o jovem para o local ao se passar pela namorada e marcar um encontro com ele. O PM tinha ciúmes da garota, que matinha contato com Matheus. Câmeras de monitoramento gravaram a ação.
Nesta quarta-feira (27), durante uma operação que resultou na prisão de 82 pessoas e apreensão de oito armas, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em quatro endereços ligados ao policial. Em um deles, residência de um parente, foi localizada uma pistola automática calibre 380.
Segundo o delegado Carlos Schneider, titular do município de São Vicente, a arma, que é registrada, será submetida a perícia, que irá constatar se ela foi ou não utilizada no assassinato.
Matheus (esq.) foi morto pelo policial Jarbas (dir.) em São Vicente, SP (Foto: Arquivo Pessoal)
O crime
Matheus foi baleado na nuca, na noite do dia 18 de setembro, em São Vicente. Ele foi encontrado ainda com vida na Rua Nicolau Guirão Perez, no Centro da cidade, e levado às pressas ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.
A execução foi motivada por ciúmes, uma vez que Jarbas desconfiava do envolvimento de Matheus com a namorada dele, com quem mantém um relacionamento há quatro anos e tem um filho. Entretanto, a polícia verificou que não houve qualquer traição, e que Jarbas fantasiou a situação, que culminou com o crime.
"Ele [Jarbas] confessou e deu muitos detalhes da ação. Alegou uma motivação passional, disse que a vítima perseguia a companheira dele. Por conta disso, no entendimento dele, ele fez o que fez", explicou o delegado Carlos Schneider. A vítima e a jovem, namorada do policial, eram amigos, segundo a polícia.
Para a emboscada, os investigadores apuraram que o PM criou um perfil em uma rede social e se passou pela jovem. O policial manteve conversas constantes com Matheus, durante seis meses, e finalmente conseguiu convencê-lo de um encontro. O local escolhido era a casa de uma suposta prima, em São Vicente.
Imagens revelaram os momentos finais da armadilha que matou o atleta de hóquei. Jarbas foi preso pelo próprio comandante da PM, antes de ser levado à delegacia. Contra ele, já havia um processo de exoneração, pois é investigado por envolvimento com o tráfico de drogas. O motorista que levou o PM até local onde jogador da seleção de hóquei foi morto também foi preso.
Policial e a namorada, pivô do crime passional (Foto: Arquivo pessoal)
Matheus Garcia representou o país no exterior (Foto: Arquivo Pessoal)
Fonte: G1
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