O número de Microempreendedores Individuais (MEI) cresceu 75,9% em cinco anos no Rio Grande do Norte. Um levantamento feito pelo Sebrae mostra que as formalizações nessa categoria jurídica passaram de 37.204 em 2012 para 88.161 no ano passado. De acordo com o estudo, o Nordeste tem a segunda maior concentração de MEIs (19,1%) do país, ficando atrás do Sudeste (51,6%). A capital potiguar figura entre as 20 cidades brasileiras com maior número de microempreendedores, ocupando a vigésima posição.
Denominada Perfil do Microempreendedor Individual 2017, a pesquisa ouviu 10.328 empreendedores de todo o Brasil, sendo 384no Rio Grande do Norte, que se formalizaram entre 01 de julho de 2009 a 31 de dezembro de 2016. São Paulo tem a maior concentração, com 523.743 MEI, depois, Rio de Janeiro (339.102), Salvador (132.723) Belo Horizonte (130.532) e Brasília (123.769).
O estudo revela também que 77% dos empreendedores potiguares estão em atividade, o segundo maior índice do país, atrás apenas do Piauí, onde 79% dos negócios formalizados nessa figura jurídica se mantêm funcionando.
Nacionalmente, o grau de cobertura do MEI triplicou entre os anos de 2012 e 2016, passando de 9,5% para 30%. Para chegar a esse indicador, estudo inédito elaborado pelo Sebrae dividiu o número de MEI pelo de trabalhadores por conta própria. Em março de 2012 eram 20,5 milhões de trabalhadores por conta própria e 1,9 milhão de MEI, em dezembro de 2016, 22,1 milhões de conta própria e 6,6 milhões de MEI.
Outro dado que mostra a importância do MEI na formalização é o aumento na proporção de MEI que estavam há mais de dez anos na informalidade. Em 2014, 44% dos formalizados disseram que empreendiam informalmente há mais de 10 anos antes de se tornarem MEI. Já nesse mesmo ano, esse percentual passou para 54%
Entre os MEI que eram empreendedores informais anteriormente, dois terços afirmaram que a formalização os ajudou a vender mais e 78% declararam que ter um CNPJ deu melhores condições para comprar de seus fornecedores. Outro dado que deve ser destacado é que oito em cada dez microempreendedores individuais afirmaram que recomendariam fortemente o registro formal para outros empreendedores que ainda estejam na informalidade.
Os setores com maior número de microempreendedores individuais é o de comércio (37,4%), seguido de serviços (37,2%), indústria (15,3%), construção civil (9,5%) e agropecuária (0,6%). As cinco atividades mais frequentes são comércio varejista de vestuário e acessórios, cabeleireiros, obras de alvenaria, lanchonetes e similares. As 20 maiores atividades em número de MEI concentram 51,9% do total.
Fonte: Portal no Ar
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