Parte do contingente de militares brasileiros que integra a missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah) começou a retornar para o Brasil neste fim de semana. Os militares desembarcam em São Paulo, onde passarão por exames de saúde e ficarão de observação em um período de quarentena, que é um procedimento normal antes de serem liberados para retornarem às casas de familiares.
Este é o último contingente militar do Brasil na operação internacional no Haiti, criada em 2004 após um levante civil derrubar o então presidente Jean-Bertrand Aristides. A ONU decidiu encerrar oficialmente em 15 de outubro a missão de paz. Em 31 de agosto, em uma cerimônia em Porto Príncipe, a capital do Haiti, que contou com a presença do ministro da Defesa, Raul Jugmmann, o Brasil terminou sua participação na missão.
Um voo trazendo parte do último contingente de 800 militares brasileiros no Haiti chega a São Paulo neste domingo (24). O Comando Militar do Sudeste, o Comando do Exército em São Paulo, a aeronave, que foi locada pela ONU, chegará à Base Aérea de São Paulo, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, por volta das 19h. Um grupo também desembarcou na capital paulista neste sábado.
Segundo o Exército, a empresa contratada pela ONU para o transporte dos militares, a companhia aérea russa Norwind Airlines, teve um atraso na decolagem da aeronave para o Haiti, o que resultou na alteração do horário de retorno.
Os militares integram o 26º Contingente Brasileiro de Força de Paz. Parte do grupo retornou no sábado (24) ao Brasil, pousando também em Guarulhos, durante a madrugada.
No total, serão cinco escalões, cada uma trazendo aproximadamente 200 militares do Exército Brasileiro, Força Aérea Brasileira e Marinha do Brasil. O restante da tropa, que inclui comandantes e chefes de equipes, retorna ao Brasil em outubro.
A ONU também locará navios para que seja levado para o Rio de Janeiro armas, coletes, capacetes, munições e carros blindados que o Brasil usava na operação de paz, patrulhando as favelas haitianas.
O retorno da tropa brasileira marca o encerramento da participação brasileira no país caribenho após 13 anos de missão, com a participação de aproximadamente 30 mil militares.
Desembarque em SP dos militares da missão no Haiti (Foto: Sd De Lima / Divulgação Exército)
Furacão Irma
Uma das últimas funções dos militares brasileiros no Haiti foi o apoio à população haitiana devido à passagem do furacão Irma, no início de setembro. O estrago foi menor que o previsto no Haiti, apesar do furacão ter atingido outros países do Caribe.
Exército brasileiro dá apoio a haitianos durante a passagem do furacão Irma (Foto: Gen.Ex.Villela )
A tropa foi enviada às ruas novamente, após já ter encerrado totalmente as atividades. Parte do material que já tinha sido encaixotado e estava pronto para embarcar para o Brasil teve que ser retirado para que os militares pudessem voltar a atuar em Porto Príncipe, no Norte do Haiti e no litoral, em especial em áreas que poderiam ser mais atingidas pelo furacão.
Fonte: G1
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