O juiz Sérgio Moro começou a ouvir nesta segunda-feira (4) os réus no processo que investiga a compra de um terreno que seria destinado ao Instituto Lula.
Os interrogatórios acabaram por volta de 19h e duraram a tarde toda. O primeiro a ser ouvido foi o ex-presidente do grupo Odebrecht Marcelo Odebrecht. Ele falou por quase quatro horas. Os vídeos com a íntegra do depoimento ainda não estão disponíveis acabaram de entrar.
Como em outros depoimentos e na própria delação premiada, Marcelo Odebrecht reafirmou que a empresa pagou propina ao ex-presidente Lula por meio da compra de um terreno, que seria destinado ao Instituto Lula. A obra nunca saiu do papel.
O valor do negócio passou dos R$ 12 milhões, que foram descontados da planilha do setor de propinas.
Mas como o terreno acabou não indo para o instituto, Marcelo disse nesta segunda que acredita que o dinheiro acabou sendo creditado novamente na planilha.
Ele afirmou ainda que nunca conversou diretamente com Lula sobre o assunto, mas que tem certeza que o ex-presidente sabia da negociação.
O Ministério Público afirma que a propina foi paga em troca de contratos da Odebrecht com a Petrobras.
O juiz Sérgio Moro também ouviu hoje outro ex-executivo da Odebrecht, Paulo Ricardo de Melo. Na quarta-feira que vem o ex-presidente Lula presta depoimento.
O Instituto Lula vem afirmando que funciona em uma casa adquirida em 1991, onde antes funcionava o Instituto da Cidadania; que o terreno citado na ação jamais pertenceu ao instituto; que jamais foi solicitado ou recebido pelo Instituto Lula; que não tem relação com contratos firmados entre a Odebrecht e a Petrobras.
Fonte: Jornal Nacional
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