Irmãos de menino morto em Caxias simularam morte para escapar de tiros, dizem parentes

Os dois irmãos do menino Caíque Lucas Correia, de 13 anos, que morreu um dia após ter sido baleado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, só sobreviveram ao ataque porque fingiram estar mortos, é o que afirmam parentes da família.

O crime ocorreu no sábado. Caíque, os dois irmãos mais novos, um de 4 e outro de 8 anos, estavam no carro com o pai, Gustavo Figueiredo, de 34 anos. Eles voltavam de um churrasco quando criminosos metralharam o veículo. O crime aconteceu na Rua Descartes. Testemunhas contaram que os bandidos passaram em outro carro atirando.

Carro em que pai e filhos estavam foi metralhado por criminosos em Duque de Caxias (Foto: Reprodução/TV Globo)

O pai chegou a ser socorrido mas morreu logo depois. Parentes disseram que ele vinha sendo ameaçado. Já Caíque, o filho mais velho, levou um tiro na cabeça e foi internado no Hospital Adão Pereira Nunes em estado gravíssimo. Ele não resistiu e morreu um dia depois. O corpo dele estava no IML de Caxias até a manhã desta segunda-feira (11) aguardando liberação.

A família contou que os caçulas deitaram no assoalho do carro e se fingiram de mortos. Só assim teriam conseguido escapar.

Segundo caso semelhante em menos de uma semana

Um caso bem parecido aconteceu na semana passada, também em Duque de Caxias. Outra criança foi baleada quando estava dentro do carro e morreu. Renan dos Santos Macedo, de apenas 10 anos, passeava com o pai quando criminosos fecharam a rua pra fazer um arrastão.

O pai tentou fugir dos ladrões, mas os bandidos perceberam e atiraram pelo menos cinco vezes. Uma bala atingiu a cabeça de Renan. Ele foi operado, mas teve nove paradas cardíacas e morte cerebral.

Menino Renan foi baleado na cabeça durante arrastão em Duque de Caxias (Foto: Reprodução/TV Globo)

Os dois crimes estão sendo investigados pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense.

Com a morte de Caíque, já são nove crianças assassinadas por tiros este ano no estado.

Fonte: G1