Além do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o chamado Sistema Indústria é composto pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL), que prepara as indústrias para um ambiente de alta competitividade, oferecendo soluções em gestão, educação empresarial e desenvolvimento de carreiras.
O Sistema tem atualmente 71 mil funcionários, viabiliza formação educacional e profissional a 4,3 milhões de alunos em 1.200 escolas e 200 laboratórios e beneficia com serviços de saúde e segurança no trabalho mais de 3 milhões de pessoas em 2.700 municípios de todas as regiões do país. Essa estrutura foi destacada pelos participantes da mesa-redonda que discutiu a importância do SESI e do SENAI para o fortalecimento da indústria brasileira na semana passada, na sede do jornal Valor Econômico, em São Paulo.
Para realizar todo o trabalho de governança superior e de gestão estratégica deste amplo universo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as 27 federações estaduais recebem uma taxa de aproximadamente 6% das contribuições aportadas pelas empresas no SESI e no SENAI. Durante o debate, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, rebateu críticas de que os valores recebidos pela entidade seriam altos. “Apenas para fazer a gestão de parte da arrecadação do Sistema, a Receita Federal cobra uma taxa de 3,5%, um trabalho que não chega nem perto do que é feito pela CNI e pelas federações”, comparou.
Entre as diversas atribuições da CNI, Robson Andrade destacou o trabalho de comunicação e a defesa de interesses da indústria nos diversos fóruns, as pesquisas que balizam tomadas de decisão, entre outras. Ele destacou ainda o investimento de R$ 2,5 bilhões do SENAI na implantação de 57 institutos de tecnologia e de 25 institutos de inovação, a maior rede do gênero no país. “A gestão da CNI garante que as ações do SESI e do SENAI estejam alinhadas às necessidades da indústria nacional”, ressaltou.
Há ainda todo um trabalho de planejamento estratégico, que permite, por exemplo, a alocação de recursos do Sistema em regiões mais distantes e desfavorecidas. É o caso dos navios-escola do SENAI, que oferecem cursos na Amazônia sem retirar os jovens do convívio com suas famílias. E também a realização de cursos de formação profissional no interior do país. “Se não fosse o SENAI, não seria possível, por exemplo, a instalação da fábrica da Ford em Camaçari, na Bahia, por falta de mão de obra qualificada”, enfatizou o senador Roberto Muniz (PP-BA), que acompanhou o processo de instalação da empresa naquela região.
ADMINISTRAÇÃO TRANSPARENTE – Além de aplicarem de forma eficaz as contribuições aportadas pelas empresas, SESI e SENAI são administrados de forma transparente. Orçamentos, demonstrações contábeis e outros dados sobre a gestão financeira das duas instituições estão disponíveis em seus respectivos sites na internet. “Elas cumprem rigorosamente as exigências legais, prestam contas à sociedade e são fiscalizadas por várias instituições, entre as quais o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria-Geral da União (CGU), os ministérios da Educação, do Trabalho e do Desenvolvimento Social, além de auditorias independentes”, enfatiza o diretor jurídico da CNI, Hélio Rocha.
Graças à aplicação eficiente e transparente dos recursos, a atuação do SESI e do SENAI é aprovada pelos empresários que contribuem para a manutenção do sistema. Pesquisa com amostragem de 3.921 indústrias revelou que cerca de 90% dos empresários aprovam a atuação das duas entidades e as consideram “essenciais para o desenvolvimento da indústria brasileira”.
Fonte: Portal no Ar
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