Em depoimento de delação premiada, o ex-governador de Mato Grosso Silval Barbosa afirmou ao Ministério Público Federal que chegou a receber propina de R$ 500 mil em barras de ouro.
O conteúdo da delação do ex-governador foi tornado público nesta sexta-feira (25) pelo ministro Luiz Fux, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Com base na delação, Fux autorizou a abertura de inquérito para apurar diversos crimes narrados por Barbosa.
Ao narrar fatos de quando foi eleito governador em 2010, Silval Barbosa afirma que nomeou Pedro Nadaf para a secretaria da Casa Civil. Ele também fechou delação com o MPF.
Segundo o ex-governador, Nadaf tinha um débito de R$ 500 mil com ele "oriundos de divisão de 'retornos' recebidos".
No termo de declaração, Barbosa afirma que Nadaf o procurou e oferece a possibilidade de pagar o valor através de ouro, já que ele seria sócio de um garimpo no município de Novo Mundo.
O ex-governador afirma, então, que aceitou receber a sua parte da propina em barras de ouro. "Algum tempo depois de tal conversa, o declarante [Silval Barbosa] tem ciência que Pedro Nadaf lhe entregou cerca de quatro ou cinco quilos de outro para quitar o crédito", diz o termo de depoimento.
Ele diz ainda que o pagamento em ouro foi feito de maneira parcelada, em três ou quatro vezes, em seu gabinete, "por meio de diversas barrinhas de ouro de 100 e 200 gramas".
Ao final do depoimento, Silval Barbosa disse que entregou as barras de ouro para seu irmão, Antonio da Cunha Barbosa Filho, que ficou responsável por alienar o ouro.
Fonte: G1
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