A subprocuradoria-geral de Justiça de assuntos cíveis e institucionais do Ministério Público do Estado do Rio instaurou procedimento para apurar o lançamento de um edital para contratação de empresa de táxi aéreo em jato executivo para o governador Luiz Fernando Pezão.
O MPRJ vai apurar se o governo está respeitando os princípios da economicidade e da razoabilidade.
Em meio a uma crise financeira sem precedentes e devendo quase 3 salários aos servidores, o governo do Rio de Janeiro vai desembolar R$ 2,5 milhões para acomodar o governador Luiz Fernando Pezão nas viagens oficiais durante um ano. O Estado publicou nesta quinta-feira (10) um edital para a contratação de uma empresa de táxi áereo para servir o "chefe do poder executivo do estado", ou seja, o governador.
Edital pede 'serviço de excelência' para o táxi aéreo do governo do RJ (Foto: Reprodução/TV Globo)
É tanto dinheiro que, se o governador optasse por viajar em um voo comercial para Brasília, por exemplo, daria para ir e voltar mais de mil e quinhetas vezes.
Segundo o edital, o jato executivo deve ter banheiro privativo em compartimento independente da cabine de passageiros, para maior privacidade, poltronas giratórias para possíveis reuniões, e altura mínima de cabine de um metro e sessenta e cinco centímetros, para acomodar os passageiros mais altos, como um certo governador que tem 1,90m.
Além do conforto na cabine, o edital especifica o tipo de jatinho desejado: a aeronave deverá ter um avião a jato, com duas turbinas, com capacidade mínima de seis passageiros, além da tripulação.
Também deve ter velocidade mínima de cruzeiro de 750 km/h, autonomia mínima de 3 horas e meia de voo, sendo capaz de percorrer uma distância de 2.200 quilômetros.
"A gente acha isso uma inversão de prioridades, porque o servidor está praticamente passando fome e considera [a contratação do serviço] uma regalia do governador", disse o coordenador do Sind-perfaetec, Luiz Eduardo Ferreira.
Fonte: G1
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