A Justiça recebeu a denúncia contra o padre de 36 anos acusado de abusar de quatro meninos de São Francisco do Sul, no Norte catarinense, confirmou o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O recebimento ocorreu em 17 de julho. O acusado seguia preso preventivamente até a noite desta quarta-feira (2), segundo o MPSC.
Procurada, a defesa do padre informou que "o processo está correndo em sigilo absoluto determinado pelo Juízo Criminal da Comarca de São Francisco do Sul". O G1 também tentou contato com a Diocese de Joinville, mas não obteve êxito até a publicação desta notícia.
O padre foi indiciado pela Polícia Civil no início de julho. “Para a polícia, há provas suficientes para o indiciamento por estupro de vulnerável, que ele é responsável pelos crimes que está sendo acusado”, afirmou o delegado Marcel de Oliveira.
A Diocese de Joinville decretou a suspensão das atividades dele e abriu um processo de investigação interna para apurar o caso.
Crimes
Algumas das vítimas detalharam os abusos sofridos na casa paroquial. Durante a investigação, o delegado relatou que um dos encontros com o padre ocorreu em Joinville, conforme as vítimas. “O padre aliciava as crianças nas paróquias onde morava e as levava para retiros espirituais. Elas dormiam nesses locais em um quarto com o padre”, disse o delegado.
Os meninos contaram sobre os abusos aos pais que denunciaram à polícia. Conforme a Polícia Civil, os crimes vinham acontecendo há cerca de dois anos. Algumas das vítimas detalharam os abusos sofridos na casa paroquial.
Um dos meninos chamou o pai para buscá-lo na casa paroquial (Foto: Reprodução/RBS TV)
Padre ganhou confiança da comunidade
O padre foi ordenado em 2011 e, logo em seguida, enviado a Mafra, também no Norte do estado, onde trabalhou por um ano. Em São Francisco do Sul, o padre esteve à frente da Paróquia Santa Paulina por quase cinco anos.
Logo passou a ser considerado um exemplo e ganhou a confiança da comunidade por ter melhorado a estrutura da igreja - construiu calçadas e muros, instalou ar-condicionado. Ele também é lembrado por reunir a vizinhança em celebrações.
"Ele vinha a nossa casa, tomava café, almoçava, jantava, vinha passear aos domingos. Nós tínhamos ele como uma pessoa da família, mesmo. E nós o amávamos de todo o coração", contou a mãe de um dos meninos que relataram abusos.
Fonte: G1
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