A Flórida executou, nesta quinta-feira (24), o seu primeiro preso em quase dois anos usando uma injeção letal com uma droga que nunca foi empregada nos Estados Unidos.
A execução de Mark Asay aconteceu às 18 horas (19 horas em Brasília).
O detento de 53 anos foi sentenciado à morte em 1988 pelo duplo assassinato com motivação racial de um negro, Robert Lee Bookeer, e de um hispânico, Robert McDowell, em Jacksonville, Louisiana.
No início deste mês, o Supremo Tribunal da Flórida negou a suspensão da execução de Asay. O homem questionou o uso pelo estado da droga etomidato, sedativo nunca antes usado em uma execução nos Estados Unidos.
Ele irá substituir outra droga polêmica, o midazolam, que foi tema de uma importante disputa legal.
Em sua discordância com a Justiça, a juíza Barbara Pariente disse que o estado tratou Asay "como uma cobaia de seu mais novo protocolo de injeção letal".
Uma porta-voz do Departamento Correcional da Flórida, Ashley Cook, declarou à AFP que o órgão "segue a lei e executa a sentença do tribunal".
"Este é o dever mais solene do Departamento e o objetivo do procedimento de injeção letal é realizar um processo humano e digno", acrescentou.
Janssen, divisão farmacêutica da empresa Johnson & Johnson, desenvolveu o etomidato e se opôs ao seu uso em coquetéis de injeções letais.
"A Janssen descobre e desenvolve inovações em medicamentos para salvar e melhorar vidas", disse o porta-voz Greg Panico ao Washington Post.
"Não aprovamos o uso de nossos medicamentos em injeções letais para a aplicação da pena capital", acrescentou.
Asay seria o primeiro homem executado por matar um negro na Flórida desde que a pena de morte foi restabelecida na Flórida em 1976, segundo o Centro de Informações sobre Pena de Morte.
Asay atirou em Booker, um afro-americano, após fazer comentários racistas, segundo os promotores.
Ele matou a outra vítima, McDowell, que aparentemente estava vestido como uma mulher, depois de fazer um acordo para remunerá-lo em troca de sexo.
Fonte: G1
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