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quinta-feira, agosto 31, 2017

Cemitério de SP tem caixões espalhados, ossadas expostas e túmulos abertos

O Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte de São Paulo, tem problemas de manutenção e limpeza, deixando túmulos abertos, ossadas e caixões a céu aberto há algumas semanas, segundo moradores da região. Eles alegam que procuraram a administração do local para solucionar o caso, mas que não tiveram os pedidos atendidos. Duas vizinhas fizeram vídeos desde domingo (27) mostrando a situação do local.
As imagens mostram lixo, roupas de mortos, ossadas e túmulos sem as tampas de concreto. Um mutirão do serviço funerário foi realizado na manhã desta quarta-feira (30) e recolheu todo o material. O local também é usado por usuários de drogas, segundo funcionários do cemitério e moradores. A informação foi confirmada pela Superintendência do Serviço Funerário Municipal de São Paulo.

Túmulos abertos revelam ossadas humanas no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Sandra Regina/Arquivo Pessoal)
Túmulos abertos revelam ossadas humanas no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Sandra Regina/Arquivo Pessoal)

Segundo Gabriela Fernanda, moradora vizinha ao cemitério, o problema maior para os moradores são os insetos que invadem as casas por causa da decomposição dos corpos. "Tem dias que não conseguimos ficar na rua, na frente de casa, não conseguimos comer de tantos mosquitos, sem falar das baratas."
Para Vivian Alves Cardim, que mora no bairro vizinho ao do cemitério, o problema maior é a falta de respeito com os mortos. "Isso não pode ficar assim. Imagina as famílias dos mortos que foram sepultadas lá. Conheço pessoas que estão enterradas ali, é preciso respeitar o espaço."

Caixões expostos e jogados a céu aberto no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Sandra Regina/Arquivo Pessoal)
Caixões expostos e jogados a céu aberto no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Sandra Regina/Arquivo Pessoal)

Falta de caçambas
Marcia Mendes, superintendente do Serviço Funerário Municipal de São Paulo, disse que "houve um dimensionamento incorreto das caçambas no contrato anterior". "Esse tipo de sepultamento, em gavetões, deixa muito mais resíduo em caso de exumação do que sepultamento direto na terra", afirmou.
"Estamos em um período de limpeza de gavetões, que acaba agora em agosto, fizemos um aditamento de 25 do contrato, porque isso não estava prevista a quantidade de caçamba que precisamos aqui, então, houve um acúmulo de resíduo de exumação que era para ter sido retirado por caçamba", disse Marcia.
Ela afirmou que vai se reunir com representantes de moradores da região para melhorar e aproximar a administração do cemitério com a comunidade. "Tem sofá aqui, por exemplo, muito usuário de droga, pedimos apoio da Guarda Municipal, que já tem feito muita roda e recuperando muita coisa furtada do cemitério. É um trabalho árduo e complicado, que não estamos nos esquivando de fazer", afirmou a superintendente.
Marcia disse que vai reconstruir parte do muro que está quebrado e permite que pessoas entrem para jogar entulho, lixo e até móveis. "Uma equipe virá aqui ainda hoje para iniciar o trabalho."

Gabriela Fernanda, vizinha do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, acompanha retirada dos caixões e ossadas (Foto: Glauco Araújo/G1)
Gabriela Fernanda, vizinha do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha, acompanha retirada dos caixões e ossadas (Foto: Glauco Araújo/G1)

Lápide quebrada e ossos humanos expostos em gramado do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Sandra Regina/Arquivo Pessoal)
Lápide quebrada e ossos humanos expostos em gramado do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Sandra Regina/Arquivo Pessoal)

Muro do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha quebrado permite entrada de lixo, entulho e até móveis no local  (Foto: Glauco Araújo/G1)
Muro do Cemitério Vila Nova Cachoeirinha quebrado permite entrada de lixo, entulho e até móveis no local (Foto: Glauco Araújo/G1)

Mutirão retira caixões, ossadas e lixo que estavam espalhados no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Glauco Araújo/G1)
Mutirão retira caixões, ossadas e lixo que estavam espalhados no Cemitério Vila Nova Cachoeirinha (Foto: Glauco Araújo/G1)

Fonte: G1

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