O Palácio do Planalto decidiu mobilizar todo o primeiro escalão do governo para que os ministros trabalhem no corpo-a-corpo com deputados e ajudem a barrar a denúncia contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva. A votação na Câmara está marcada para o próximo dia 2 de agosto.
O chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, enviou ofícios aos ministros pedindo que todos estejam em Brasília entre os dias 1º e 10 de agosto, informa o repórter Nilson Klava, da GloboNews.
No ofício, Padilha informa que a orientação do presidente é que os ministros evitem deixar a cidade nesse período.
O intervalo é de 10 dias porque o governo tem receio sobre o quórum. Temer quer garantir que os ministros estejam em Brasília mesmo se houver adiamento da votação.
A intenção do Planalto é que os ministros intensifiquem a agenda política e atendam às demandas dos deputados durante o período de "plantão".
Conforme informado pelo Blog, os ministros licenciados do mandato de deputado federal retornarão à Câmara para votar contra a denúncia. Mas eles não foram os únicos a receber o ofício. Ministros sem mandato, mas com influência política, também foram convocados.
"O Kassab (PSD) e o Marcos Pereira (PRB) mandam nos partidos. O Aloysio Nunes (PSDB) tem influência sobre parte da bancada do PSDB. Todos vão estar aqui", disse um interlocutor do Palácio do Planalto.
Com o gesto, o governo espera também mostrar comprometimento com a votação da denúncia. O Planalto acredita que a presença dos ministros desde terça-feira vai ajudar a "chamar quórum". O receio do governo é não ter deputados suficientes para votar denúncia no dia 2 e sair como grande derrotado da semana.
Fonte: G1
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