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quinta-feira, julho 27, 2017

Preso no MS chefia grupo de detentos que organiza tráfico na PB, diz PF

Polícia Federal cumpre mandado de prisão na Região Metropolitana de João Pessoa (Foto: Walter Paparazzo/G1)
Um esquema que organizava o tráfico de drogas na Paraíba a partir do Presídio do Roger, em João Pessoa, desde 2001 e era comandado por um preso paraibano que está em um presídio federal no Mato Grosso do Sul foi desmontado pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (27). Presos que estão em presídios no Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Rondônia também fazem parte do esquema.
De acordo com o delegado que há um ano comanda as investigações, Bruno Rodrigues, além do tráfico de drogas, o grupo é apontado como responsável por pelo menos três homicídios. Os três crimes já foram totalmente esclarecidos, incluindo a identificação de que quem mandou, quem executou e como foi feita a execução, segundo ele.
Durante a operação desta quinta-feira, 14 pessoas foram presas em João Pessoa, Campina Grande, Sapé e Cabedelo e uma continua sendo procurada, também na Paraíba. Outros 16 detentos também foram alvos de mandados de prisão da operação, mas a PF também não detalhou os presídios em que eles estão.
Entre os presos e os outras 19 pessoas que foram alvos de condução coercitiva estão também alguns advogados, mas a Polícia não detalhou quantos. Todos eles são supeitos de dar suporte na comunicação de dentro para fora dos presídios, junto com familiares dos presos. A operação ainda estão cumprindo 36 mandados de busca e apreensão.
Estrutura organizada
Bruno Rodrigues explica que grupo contava com um conselho deliberativo chamado de ‘Torre’, formado por dez membros da quadrilha que estavam dentro e fora de presídios. Esse grupo era responsável pela divisão de áreas para comércio de drogas e outros crimes. “Tem pessoas que atuam gerenciando o tráfico em vários bairros e cidades, além de pessoas associadas que auxiliavam na gestão financeira e na comunicação do grupo”, diz o delegado.
O homem apontado como chefe da quadrilha está no sistema penitenciário federal desde junho de 2011, quando já era apontado como chefe de uma das principais facções criminosas de João Pessoa. Segundo a polícia, ele comandava o tráfico de drogas nos bairros São José, Alto do Mateus, Ilha do Bispo, Novais e Mandacaru, além de responder a processos por homicídios. Ele foi transferido para o presídio federal do Mato Grosso do Sul, onde está até esta quinta-feira, em 2014. 
Apreensão de drogas gerou provas
Segundo a PF, o grupo também é responsável por crimes patrimoniais, conhecido por ações de extrema violência e homicídios em série. Mais de 330 kg de drogas pertencentes à facção foram apreendidos durante as investigações, o que ajudou a provar que o grupo era o autor dos crimes e também a entender as várias etapas do tráfico, coordenadas de dentro dos presídios.
A investigação identificou que o grupo enviava drogas a partir da região de fronteira até a distribuição em pontos de venda de drogas na Paraíba. O trabalho permitiu também identificar os mecanismos usados para lavagem de dinheiro e os valores identificados como sendo dos membros da facção foram bloqueados.

Informações sobre a 'Operação Gerônimo' foram repassadas em entrevista coletiva da Polícia Federal, em Cabedelo (Foto: Diogo Almeida/G1)
Informações sobre a 'Operação Gerônimo' foram repassadas em entrevista coletiva da Polícia Federal, em Cabedelo (Foto: Diogo Almeida/G1)

Fonte: G1

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