A Justiça condenou mais cinco advogados por envolvimento com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Segundo o Ministério Público, os advogados integravam a célula jurídica do PCC.
A sentença do dia 30 de junho, do juiz Gabriel Medeiros, determinou ainda que os réus não poderão recorrer em liberdade, devendo cumprir a pena em regime fechado.
Os condenados devem cumprir penas que variam de 8 anos e 9 meses de reclusão a 15 anos e 5 meses de prisão.
De acordo com as investigações, o advogado que recebeu a maior condenação foi quem integrou o ex-vice-presidente do Condepe, Luiz Carlos dos Santos, ao PCC.
O grupo agia no comando de um esquema de pagamentos de propinas a agentes públicos e integrantes do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe). A condenação ocorreu após a denúncia da Operação Ethos deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) em novembro de 2016. Na ocasião, 41 pessoas suspeitas de envolvimento com a facção foram presas. Ao todo, 49 pessoas foram denunciadas, mas o processo foi desmembrado.
Na última terça-feira (27), o ex-vice-presidente do Condepe, Luiz Carlos dos Santos foi condenado a 16 anos, dois meses e cinco dias de reclusão, mais pagamento de multa.
Segundo a Promotoria, ele recebia uma mesada de R$ 5 mil do PCC para “plantar” denúncias de violação de direitos humanos com o intuito de gerar desestabilização na segurança do estado de São Paulo. Ele tinha também a função de obter informações privilegiadas dentro do conselho e repassá-las ao PCC.
Na mesma sentença, também foram condenados mais quatro advogados a penas que foram de oito anos a 15 anos de prisão.
Os advogados também são os responsáveis por estruturar e custear os serviços médicos prestados aos detentos integrantes da cúpula ou outros indicados. O pagamento desses serviços era feito com dinheiro de origem ilícita da organização, do lucro do narcotráfico e demais crimes.
Santos e os outros advogados são suspeitos de movimentar dinheiro do crime organizado em suas contas bancárias e ainda de ajudar a criar uma espécie de banco de dados com os nomes e endereços de agentes penitenciários e de seus parentes. Essas pessoas poderiam ser mortas quando a facção julgasse necessário.
Fonte: G1
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