O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se manifeste sobre a inclusão do presidente Michel Temer como investigado em um inquérito que apura se integrantes do PMDB formaram uma organização criminosa para desviar recursos da Petrobras e de outros órgãos públicos.
Além de Temer, Fachin também solicitou que o PGR se manfeste sobre a inclusão dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) na mesma investigação.
Em decisão da última sexta (30), mas lançada no sistema do STF apenas nesta terça (4), o ministro pede que Janot se manifeste sobre um relatório da Polícia Federal datado de 26 de junho.
Nesse relatório, assinado pelo delegado Marlon Santos e que foi tornado público somente nesta terça, a PF aponta necessidade da inclusão dos três como investigados.
Já são alvo desse inquérito deputados e ex-deputados do PMDB, entre eles o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ), e também o doleiro Lúcio Funaro.
Segundo o delegado, dentro do inquérito aberto para investigar Temer a partir das delações da JBS, depoimentos de Lúcio Funaro e do empresário Joesley Batista indicam atuação do grupo de Temer em irregularidades na Caixa Econômica.
"No contexto do inquérito 4483/STF, que se relaciona com a investigação acima mencionada, a partir das inquirições de Lúcio Bolonha Funaro e Joesley Mendonça Batista, surgiram novos relatos confirmando as atuações do chamado 'PMDB da Câmara' junto à Caixa Econômica Federal e citando o suposto envolvimento de outras pessoas com foro originário no STF, sendo elas, o presidente Michel Miguel Elias Temer Lulia, o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Lemos Padilha, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Wellington Moreira Franco, além de outros nomes", afirma o delegado.
O ministro Fachin pediu que Janot se manifeste no prazo de cinco dias. Durante o recesso do Judiciário, no entanto, os prazos são interrompidos e Janot poderá responder somente em agosto.
"Dê-se vista ao Procurador-Geral da República, para que se manifeste, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre o pedido de prorrogação de prazo para prorrogação das diligências, bem como acerca da representação da autoridade policial pela ampliação do rol de investigados que consta na autuação", diz Fachin.
Fonte: G1
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