As 12 cruzes fincadas no chão na frente do prédio da sede do governo do Rio Grande do Norte representam os policiais militares que foram mortos somente este ano no estado. Na manhã desta quinta-feira (22), viúvas e familiares dos mortos se reuniram na entrada da Governadoria para protestarem contra a violência.
“Estamos pedindo socorro”, diz Adriana Botelho, representante do Fórum de Mulheres de Praças, que organiza o evento.
A mobilização quer chamar atenção para os números da violência no estado e cobrar mais segurança para a sociedade. “Queremos solução, não queremos que nossos maridos virem apenas estatística”, clama Adriana.
“Não aguentamos mais conviver com a angústia quando eles saem de casa. São nossos maridos, pais, filhos, que arriscam as vidas para proteger a sociedade. Eles morrem e viram estatística do governo. Ninguém aguenta mais”, desabafa Adriana. Ela conta que o marido dela ainda está vivo, “mas com essa insegurança, ninguém sabe até quando”, lamenta.
Adriana explica que o Fórum reúne as mulheres dos militares, mas atualmente o número de viúvas está aumentando. “Não pedimos só segurança para nossos maridos, mas para a sociedade também. Está tudo junto”, disse.
Violência
Somente neste mês, três policiais foram mortos no estado. O caso mais recente foi o do soldado Carlos Eduardo Alves. Ele foi morto a tiros na noite do último dia 14 ao trocar tiros com bandidos durante um assalto. O crime aconteceu em um bar na cidade de Areia Branca, na região da Costa Branca, distante 330 quilômetros da capital potiguar.
Testemunhas relataram que dois homens e duas mulheres participaram do assalto. As duas foram feridas, socorridas e estão presas. Um dos homens também morreu durante o confronto. O segundo, já na madrugada, acabou morto em um novo tiroteio ocorrido em Mossoró. A arma do PM, que tinha sido levada, foi recuperada.
Fonte: G1
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