Diante da expectativa da denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente Michel Temer avalia com seus principais aliados o perfil do relator do caso a ser escolhido na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.
Temer já escalou o líder do PMDB, Baleia Rossi, para discutir com o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB), o nome do deputado que vai relatar a denúncia contra Temer na comissão.
A ideia de Temer é conseguir um trâmite rápido na CCJ e no plenário pois teme que, se a denúncia demorar para ser analisada, fatos novos possam contaminar o ambiente político e levar os deputados a derrotá-lo.
Nos últimos dias, interlocutores do presidente consultaram deputados da base aliada sobre o apoio contra a eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República.
Ao blog, lideranças de partidos como PP, PTB e PMDB - partido de Temer - afirmam que, se fosse hoje, o presidente teria apoio para derrubar uma denúncia.
Mas o motivo, admitem reservadamente, não é nobre: afirmam que querem dar uma "resposta" à Procuradoria-Geral da República, que está na linha de frente das investigações da Lava Jato contra parlamentares.
A ideia destes deputados que apoiam Temer é trabalhar para rejeitar a denúncia porque estão, como afirma um interlocutor peemedebista, "revoltados" com as investigações de Janot.
Nos cálculos da base, Temer teria, hoje, cerca de 250 votos. Ele precisa de 172 para rejeitar a denúncia.
Outro fator apontado pelos deputados para ajudar Temer é o fator rua: afirmam que a ausência de protestos e manifestações "facilita" o ambiente, já que o voto no plenário é aberto e, pressionados pelas ruas, se sentiriam constrangidos a rejeitar a denúncia.
Fonte: G1
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