A polícia do Rio ouviu nesta terça-feira (13) a técnica de enfermagem que estava na ambulância com a médica Haydée Marques, que se negou a atender um bebê de um ano e meio na semana passada.
A técnica, que não teve o nome divulgado pela polícia, falou por 2h. Durante o depoimento ela confirmou informações que haviam sido passadas aos agentes pelo motorista. Segundo ele, a médica tinha recebido a informação de que atenderia uma criança. A técnica disse ainda que tanto ela como o motorista teriam tentado convencer Haydée a atender o menino Breno Rodrigues Duarte da Silva. A técnica trabalha para a Cuidar, que presta serviço para a Unimed.
A médica prestou depoimento na segunda. Ela afirmou que não tem responsabilidade na morte da criança. "Estou triste e muito abalada pela criança ter morrido, mas não estou arrependida porque não fiz nada de errado do código de conduta médica. Eu pedi outra unidade, com pediatra para atendê-lo", disse. "Não sou pediatra, não sou neurologista, pedi à outra unidade de ambulância para atender esta criança. Disseram que a unidade estava indo”, relata.
Segundo ela, a criança não corria risco de vida e tinha uma unidade de cuidados especiais em casa. De acordo com o relato da médica, a técnica em enfermagem teria informado que o quadro era de uma gastroenteirite de uma criança de um ano com neuropatia.
A família de Breno discorda. Ela alega que o menino só poderia ser removido para o hospital com uma ambulância e argumenta que se a médica o tivesse atendido ele poderia estar vivo.
Ela é uma médica que deveria ter saído da ambulância, prestado auxílio, tirado a criança daquelas condições, levado pra UTI preparada pra essa finalidade e ser socorrida numa UTI de um hospital para que, efetivamente, ela pudesse ser socorrida", afirma o advogado da família, Gilson Moreira.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!