O economista Renato Chebar, segundo o MPF o responsável por cuidar das finanças Sérgio Cabral, disse que o volume de dinheiro nas contas do ex-governador aumentou no período em que Cabral era governador do Rio de Janeiro. Segundo ele, o esquema era muito maior do que imaginava.
"O esquema era muito maior do que eu supunha. Eu era uma célula dentro do esquema", disse Renato Chebar.
Chebar cuidou das contas de Cabral a partir de 2000, época em que era deputado estadual. Em 2007, Sergio Cabral assumiu como governador do RJ, cargo que ocupou até março de 2014.
Segundo Chebar, o governador tratava os depósitos e transferências de dinheiro em suas contas como um "negócio".
"Era uma ação natural. Um negócio", garante. A entrada de dinheiro nas contas do então governante reduziu quando Cabral deixou o cargo.Em abril daquele ano, Sergio Cabral renunciou ao cargo que foi ocupado pelo então vice-governador, Luiz Fernando Pezao.
"Cuido das contas dele (Sergio Cabral) desde 2000. Na época, ele tinha US$ 2 milhões numa conta nos Estados Unidos. Quando ele se tornou governador, o volume de dinheiro que entrou na conta aumentou muito", disse Renato Chebar em depoimento na 7a Vara Federal Criminal do Rio.
Chebar confirmou ao juiz Marcelo Bretas a delação que prestou ao Ministério Público Federal. Entre um dos relatos, ele reafirmou que o empresário Eike Batista pagou US$ 18 milhões em propina ao ex-governador. O depoimento é parte do processo que deu origem à operação Eficiência, nome de uma das contas do ex-governador nos Estados Unidos.
A defesa do ex-governador Sérgio Cabral informou que só vai se manifestar sobre as declarações de Chebar no curso do processo.
Fonte: G1
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