Um jovem que foi esfaqueado e queimado por supostos manifestantes opositores ao governo da Venezuela em 20 de maio em Caracas, morreu na madrugada deste domingo (4), informou a Procuradoria venezuelana.
Orlando Figuera, de 22 anos, morreu no hospital onde estava recebendo tratamento para as graves queimaduras que sofreu durante o ataque, indicou a Procuradoria no Twitter, apontando que continua investigando o caso.
Com a morte de Figuera, sobe para 65 o número de pessoas que morreram durante as manifestações da oposição contra o presidente Nicolás Maduro, que começaram em 1 de abril.
"Acaba de falecer de parada cardiorrespiratória o jovem Orlando Figuera, esfaqueado e queimado em vida por mentes doentes de ódio em Altamira (leste de Caracas)", escreveu o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, também no Twitter.
Maduro disse que Figuera foi atacado depois de que algumas pessoas gritaram que ele era chavista e que estava roubando no meio da manifestação.
"Nunca tínhamos visto aqui uma pessoa ser incendiada como fazem terroristas do Estado Islâmico", afirmou o presidente, e mostrou um vídeo do incidente, onde se vê o jovem seminu e em chamas enquanto corre em busca de ajuda.
A procuradora-geral, Luisa Ortega, ligada ao chavismo mas que se distanciou do presidente, considerou "dantesco" que manifestantes opositores colocassem fogo em Figuera, mas também qualificou de "vulgares os vídeos (sobre o incidente) manipulados em benefício dos grupos em disputa".
Os protestos da oposição, que exigem a saída de Maduro em eleições gerais, também deixaram quase mil feridos, segundo a Procuradoria, e cerca de 3 mil detidos, de acordo com a ONG Foro Penal.
Fonte: G1
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