As forças iraquianas iniciaram neste domingo (18) uma ofensiva no centro antigo de Mossul, último reduto do Estado Islâmico na cidade mais importante para o grupo terrorista no Iraque.
Participam do ataque soldados das Forças Antiterroristas, da Polícia Federal e do Exército iraquiano, apoiados por bombardeios da coalizão internacional, anunciou o comandante das operações conjuntas, Abdelamir Rashid Yarala, em comunicado.
A Cidade Velha é o último distrito ainda sob o controle do grupo terrorista na cidade que costumava ser a capital do "califado" no Iraque. O distrito histórico é um labirinto densamente povoado de ruelas estreitas, no qual a guerra muitas vezes é feita de casa em casa.
Cerca de 100 mil civis permanecem presos no centro antigo, em condições angustiantes: pouca comida, água e medicamentos e acesso limitado a hospitais, segundo a ONU, que acusa o Estado Islâmico de usá-los como "escudos humanos".
Apoiada pelos Estados Unidos, a ofensiva iraquiana para capturar Mossul entrou em seu nono mês no sábado. Snipers do Estado Islâmico estão atirando em famílias para tentar evitar fugas a pé ou por barco pelo rio Tigre, que corta a cidade, como parte da tática para manter os civis como escudos humanos.
'Califado' de al-Baghdadi
A retomadda de Mossul representaria o fim da metade iraquiana do "califado", que o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, proclamou em 2014 em parte do Iraque e da Síria em um discurso de uma mesquita histórica na Cidade Velha.
Al-Baghdadi se declarou "califa" (líder de todos os muçulmanos) com a conquista de Mossul. O vídeo do líder do Estado Islâmico vestido com mantos clericais negros declarando seu califado, do púlpito da Grande Mesquita de Al-Nuri, é sua última imagem pública.
Há dois dias, o ministro da Defesa da Rússia afirmou que um ataque aéreo russo pode ter matado al-Baghdadi no dia 28 de maio em Raqqa, cidade no centro-norte da Síria que é o principal reduto do grupo terrorista no país vizinho ao Iraque.
Raqqa, na Síria, e Mossul, no Iraque, são as capitais do Estado Islâmico. Ambas estão sob intenso ataque de diversas forças de segurança. A cidade síria está quase cercada por uma coalizão de grupos sírios, curdos e árabes.
Fonte: G1
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