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terça-feira, junho 13, 2017

Importações potiguares crescem mais de 33% em cinco meses


As importações do Rio Grande do Norte atingiram um volume de US$ 80,6 milhões nos cinco primeiros meses do ano, o que representa um crescimento de 33,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. O aumento foi superior ao das exportações, que cresceram 21,3% e alcançaram o patamar de US$ 117,7 milhões comercializados até maio. Com isso, a balança comercial do estado encerrou o quinto mês de 2017 com um saldo comercial positivo de US$ 37,1 milhões, que é praticamente semelhante ao de 2016. O crescimento desse superávit foi menor que ponto percentual.

O comportamento do comércio internacional do Rio Grande do Norte mantém tendência de crescimento, já que o saldo vem numa curva ascendente a partir de 2013. O volume de exportações começaram a subir depois de 2015, enquanto o de importações, que vinha em ritmo de redução ao longo de quatro anos, voltou a crescer nesse mesmo intervalo desde os últimos cinco anos.

O trigo e as misturas foram os itens que mais influenciaram o aumento das importações potiguares. No intervalo de janeiro a maio deste ano, o Rio Grande do Norte importou 119,2 mil toneladas desses produtos, com cifras da ordem de US$ 20,5 milhões. O segundo item que aparece na pauta de importação são os painéis solares, que atingiram os valores comercializados de US$ 12,1 milhões. O estado também comprou do mercado internacional 3,6 mil toneladas de algodão (US$ 5,9 milhões) e 2,2 mil toneladas de castanhas de caju (US$ 3,7 milhões).

Na avaliação do diretor de Operações do Sebrae no Rio Grande do Norte, Eduardo Viana, esse crescimento maior das importações frente às exportações é positivo, já que entre os itens mais importados está um dos equipamentos base para um indústria, que começa a se fixar no estado, a da energia solar. “É um indicador altamente positivo em se tratando de importação de painéis fotovoltaicos, que agregam valor à nossa infraestrutura energética”, argumenta o executivo.

Envios

Os melões continuam liderando a pauta de exportação potiguar, sendo o principal produto enviado ao exterior. Nos cinco primeiros meses de 2017, foram exportadas 65,5 mil toneladas da fruta, o que resultou numa receita de US$ 39,1 milhões. O sal marinho aparece na segunda posição do ranking, com valores negociados da ordem de US$ 11,6 milhões, com resultado da exportação de 553,8 mil toneladas do produto. A castanha surge também como o terceiro produto mais exportado pelo RN ao longo do período, somando pouco mais de mil toneladas da amêndoa, o que corresponde mais de US$ 10 milhões. A receita gerada pelo envio de 14,7 mil toneladas de melancias foi de US$ 7,2 milhões. A fruta foi o quarto item mais comercializado.

A análise do comércio internacional do estado consta na 23ª edição do Observatório dos Pequenos Negócios, divulgada nesta segunda-feira (12). A publicação é uma síntese conjuntural divulgada mensalmente pelo Sebrae no Rio Grande do Norte que visa com  condensar  a cada mês os principais indicadores e informações da economia potiguar capazes de influenciarem direta ou indiretamente o segmento das micro e pequenas empresas e as bases produtivas do estado. O material pode ser consultado na íntegra no portal www.rn.sebrae.com.br, na seção “Boletim Econômico para MPE’s”.

Além da balança comercial, o boletim revela também que, de janeiro a abril, o saldo de empregos formais no Rio Grande do Norte foi negativo em 5.359 vagas. Isso significa que o número de demissões foi superior às contratações. Entretanto, as vagas extintas nos quatro primeiros meses do ano foram 43,5% menores em relação ao mesmo intervalo de 2016, quando o estado chegou a perder no saldo de emprego 12.311 postos de trabalho, sinalizando uma tendência de reversão do ritmo de demissões.

O informativo trata ainda da arrecadação do principal imposto que compõe as receitas do estado, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A arrecadação desse tributo no Rio Grande do Norte, nos cinco primeiros meses de 2017, superou R$ 2 bilhões, com crescimento nominal de 1% em relação a idêntico período do ano anterior.

Fonte: Portal no Ar

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