Onze mandados de prisão devem ser cumpridos durante a operação ‘Convescote’, realizada na manhã desta terça-feira (20) pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual (MPE). Os alvos da operação são servidores públicos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Poder Judiciário, além de empresários e funcionários de uma fundação de ensino de Cáceres, a 220 km de Cuiabá.
De acordo com o MPE, a operação investiga a atuação de uma organização criminosa que desviava dinheiro público da Assembleia Legislativa. A ALMT ainda não se posicionou sobre a operação. O TCE-MT declarou que não tem mais parceria com a fundação de ensino e que não tem relação com a gestão da instituição.
O TCE afirmou, ainda, que não fará prejulgamento em relação ao envolvimento de servidores na investigação. Por meio de nota, o TJMT informou que a operação não tem ligação direta com o Poder Judiciário de Mato Grosso e que a instituição está "acima de qualquer eventual desvio de conduta praticado por seus membros ou seus servidores, devendo, cada um, responder por seus atos".
Segundo o MPE, os 11 mandados de prisão preventiva devem ser cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, na região metropolitana da capital, e em Cáceres. Na mesma operação devem ser cumpridos 16 mandados de busca e apreensão, além de quatro mandados de condução coercitiva.
A ação do Gaeco pretende desarticular uma organização criminosa que saqueava os cofres públicos, especialmente recursos públicos da Assembleia Legislativa.
O desvio teria sido feito por intermédio da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faesp), que tem sede em Cáceres. A Faesp declarou que entregou todos os documentos requisitados pelo Gaeco e declarou que a instituição está cooperando para auxiliar na operação. Em Cáceres, o Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão.
Conduzidos na operação foram levados para a sede da Procuradoria Geral de Justiça, no MPE, em Cuiabá (Foto: Luiz Gonzaga Neto/TVCA)
Ainda conforme o MPE, além do crime de organização criminosa, também há indícios da prática de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção. Entre os alvos da operação estão servidores do TCE, do Poder Judiciário, funcionários da Faesp e empresários.
Participam da operação 100 agentes de forças policiais, entre policiais civis e militares, promotores e delegados, Batalhão de Operações Especiais (Bope), Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam), Batalhão de Proteção Ambiental (BPMPA), Força Tática de Cáceres e Várzea Grande.
Os conduzidos na operação serão levados para o prédio da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), do MPE, no Centro Político Administrativo, em Cuiabá. Segundo o dicionário, a palavra 'Convescote' significa piquenique.
Fonte: G1
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