Uma série de explosões em cadeia fez várias vítimas durante o enterro de um homem que faleceu durante protestos no Afeganistão, neste sábado (3).
De acordo com a Reuters, pelo menos seis pessoas morreram no ataque. Autoridades ligadas ao governo afirmam que 87 ficaram feridas.
O incidente aconteceu durante o funeral de Mohammad Salim Izadyar, filho do vice-presidente do Senado.
De acordo com a Reuters, ele foi morto durante as manifestações que exigiam a renúncia do governo do presidente Ashraf Ghani após um ataque devastador com caminhão-bomba. Ainda segundo a agência, pelo menos quatro pessoas morreram e várias ficaram feridas em confrontos com forças de segurança.
Após o ataque deste sábado, forças de segurança bloquearam as ruas da capital afegã, para evitar um confronto sangrento como o de sexta.
AP Photos/Massoud Hossaini (Foto: Meninos caminham em região de ataque em Cabul, no Afeganistão)
O chefe do Governo afegão, Abdullah Abdullah, e o ministro de Assuntos Exteriores, Salahuddin Rabbani, estavam entre os presentes ao funeral, mas não ficaram feridos, segundo confirmaram nas suas respectivas contas do Twitter e Facebook.
Os talibãs se desvincularam do ataque e afirmaram que o atentado foi produto da inimizade "entre os inimigos", em referência às disputas internas no seio do Executivo afegão, de acordo com uma mensagem do porta-voz insurgente Zabihullah Mujahid na sua conta do Twitter.
Em suas redes sociais, o presidente dise que o país está sob ataque, e pediu que os afegãos permaneçam fortes e unidos.
O enviado das Nações Unidas para o Afeganistão, Tadamichi Yamamoto, divulgou um comunicado pedindo calma, mas também medidas urgentes para cortar o ciclo de violência que assola o país.
Homem ferido em ataque sai do hospital após receber atendimento em Cabul (Foto: REUTERS/Omar Sobhani)
O ataque a bomba de quarta-feira (31), ocorrido no início do mês muçulmano sagrado do Ramadã, foi um dos piores em Cabul desde a campanha liderada pelos Estados Unidos para depor o Taliban em 2001 e ressaltou a violência crescente na maior parte do país. Pelo menos 80 pessoas morreram e mais de 460 ficaram feridas.
Fonte: G1
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