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quinta-feira, junho 22, 2017

Clubes faturaram mais de R$ 2 bilhões em cotas de TV em 2016, aponta estudo



O valor referente às cotas de direitos de transmissão de jogos pela televisão foi o principal motivo para crescimento das receitas totais de 27 clubes brasileiros entre 2015 e 2016. De acordo com um estudo feito pelo Itaú BBA com base nas finanças das equipes, os times faturaram ao todo R$ 4,3 bilhões em 2016, um aumento de 20% se comparado a 2015.

As cotas de TV tiveram crescimento nominal de 38% e atualmente representam 49% das receitas totais dos clubes, atingindo R$ 2,1 bilhões. Desconsiderando o efeito inflacionário do período, o crescimento de 2015 para 2016 ainda assim foi expressivo: 30%.

Essa variação já era esperada desde 2012, quando foram firmados os contratos e, de acordo com a análise, favorece os clubes por estar relacionada a uma receita alta, estável e de baixo risco. “Estas receitas apresentaram crescimento médio anual real – acima da inflação – de 1,2%”, informa o relatório do estudo. “Trata-se de uma receita não só importante quanto ao montante, mas também quanto ao comportamento, que é estável e de baixíssimo risco”.

Segundo o relatório do estudo, as receitas de TV não geram concentração de renda – fenômeno usualmente chamado de “espanholização”, em referência ao fato de que Real Madrid e Barcelona chegam a concentrar quase 60% desse tipo de receita no futebol espanhol, o que gera uma grande distorção de forças entre os clubes. No Brasil, apesar de o Flamengo deter 10% do total desse tipo de receita entre as equipes, o time carioca e outros 11 clubes concentram 72,5% dela.

O relatório do Itaú BBA lembra que, além das cotas propriamente ditas, tanto a Globo quanto a Turner (canal norte-americano que é dono do Esporte Interativo), despejaram R$ 545 milhões nos clubes a título de luvas. Como Atlético Mineiro, Cruzeiro e Vasco não informaram este valor, estima-se que este número pode chegar perto de R$ 700 milhões, considerando os valores dos outros clubes. Além deles, o Palmeiras não recebeu esse montante em 2016.

Fonte: Estadão

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