O CD com músicas inéditas do cantor Cristiano Araújo, que morreu em um acidente de carro há quase dois anos, em Goiás, deve ser lançado no segundo semestre de 2017. Diretor de comunicação do projeto, Rafael Vanucci ressalta que o objetivo do trabalho é eternizar a obra do ídolo.
“O Cristiano é muito vivo dentro das pessoas. O CD é uma forma de eternizar a obra e continuar alimentando o carinho e amor que ele deixou para as pessoas. A gente pensa nisso mais como uma homenagem, por isso, tem o momento e hora certa de ser lançado”, disse Vanucci em entrevista ao G1.
O G1 Goiás publica esta semana uma série de reportagens especiais sobre os 2 anos da morte do sertanejo e da namorada.
A previsão é de que o CD tenha 15 músicas. Diretor de áudio do projeto, Shelly Moreira explica que, além das canções inéditas, haverá sucessos de outros sertanejos, como Zezé di Camargo e Luciano, cantados por Cristiano.
“O projeto vai mostrar muito da essência do Cristiano, músicas que ele gostava de cantar quanto estava na roda de amigos e composições novas do repertório que ia ser lançado”, revelou Moreira.
Por enquanto, "Vai doer" é a única música inédita gravada por Cristiano que já foi divulgada. O restante do material é mantido sob sigilo pela produção.
Fãs estão ansiosos para conferir o CD. Moradora de São Paulo, a dona de casa Maria Aparecida Feitosa Silva espera que o lançamento seja o mais breve possível. “É uma coisa que a gente está esperando como o ar que a gente respira. Não tenho o amor que tenho pelo Cristiano com ninguém”, disse.
Moreira, que trabalhou pela primeira vez com Cristiano em 2013, como diretor técnico de áudio de “Maus Bocados”, considera o cantor um exemplo a ser seguido profissionalmente. “Força de vontade, foco, preocupação imensa com a carreira e com o carinho dos fãs e humildade. Ele tinha tudo isso”, destacou.
Outros projetos
Em junho de 2016, o fotógrafo Flaney Gonzallez lançou o livro "Onze Mil Horas". Ele acompanhou o sertanejo por mais de 250 cidades, entre março de 2014 e o último show do artista, em junho de 2015. A obra reúne histórias e fotos inéditas.
De acordo com o empresário Rafael Vanucci, novos projetos também devem ser concluídos. Porém ainda não há uma previsão de quando serão divulgados.
“Temos o lançamento do DVD de show em Brasília, algumas releituras, projeto do filme. Temos muito projetos”, garantiu.
Flaney Gonzallez e Cristiano Araújo viajaram juntos durante turnê (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Acidente
O acidente aconteceu no dia 24 de junho de 2015, na BR-153, em Morrinhos, quando o sertanejo voltava para Goiânia após um show em Itumbiara, no sul do estado. A namorada do músico, Allana Moraes, de 19 anos, morreu no local. Também estavam no veículo, uma Range Rover, o motorista, Ronaldo Miranda, e o empresário Victor Leonardo. Os dois últimos ficaram feridos, mas deixaram o hospital dias depois.
O motorista perdeu o controle do veículo por volta das 3h10 daquela madrugada, 21 minutos após fazer uma parada em um posto de combustíveis. O carro saiu da pista e capotou.
O casal viajava no banco traseiro. O cantor foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Morrinhos. Depois, o transferiram em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel até Goiânia. Assim que chegou à capital, ele foi levado em um helicóptero ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Apesar dos esforços para socorrê-lo, Cristiano não resistiu aos ferimentos.
Dados recolhidos da “caixa preta” do veículo mostram que o carro estava a 179km/h cinco segundos antes do acidente. Além disso, o casal não usava cinto de segurança.
O delegado responsável por investigar o acidente, Fabiano Henrique Jacomelis, concluiu que o motorista foi negligente e imprudente, mas não cometeu o ato intencionalmente. Por isso, a Polícia Civil indiciou Ronaldo por duplo homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O Ministério Público Estadual fez a denúncia do crime, que foi acatada pelo juiz Diego Custódio Borges, da Comarca de Morrinhos, em setembro de 2015. O processo ainda tramita no Poder Judiciário.
Advogado de Ronaldo Miranda, Ricardo Oliveira disse à TV Anhanguera, por telefone, que o acidente foi uma fatalidade e que a falta do cinto de segurança foi a principal causa da morte de Cristiano e Allana. A defesa também alega que os três laudos sobre a velocidade do veículo são inconclusivos porque cada um aponta uma velocidade diferente. Ele acredita que o motorista será absolvido das acusações.
Fonte: G1
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