O cardeal australiano George Pell, prefeito da secretaria para a Economia do Vaticano, foi acusado de pedofilia, disse a polícia da Austrália nesta quinta-feira (29), pelo horário local.
“O cardeal Pell enfrenta múltiplas acusações em relação a históricos crimes sexuais”, disse o vice-comissionário da polícia estadual de Victoria, Shane Patton, em uma coletiva de imprensa em Melbourne, sem dar detalhes sobre as acusações.
“Há várias reclamações relacionadas a essas acusações”, disse. Pell foi acusado por convocação para se apresentar na corte de Melbourne no dia 18 de julho, disse Patton.
Segundo a agência Efe, Pell, máximo representante da igreja católica australiana, é suspeito de ter abusado sexualmente de menores quando era sacerdote na cidade de Ballarat (1976-80) e quando foi arcebispo de Melbourne (1996-2001), ambas em Victoria.
Os porta-vozes de Pell no Vaticano e da Igreja Católica da Austrália não responderam imediatamente os pedidos de comentário feitos pela agência Reuters.
Pell já havia negado acusações de pedofilia em 2016. Acusado de encobrir um padre pedófilo nos anos 80, o cardeal tinha sido chamado a depor pela comissão que investiga a resposta institucional aos casos de abuso sexual dentro das organizações religiosas, estaduais e públicas.
No entanto, dez dias antes de sua audiência, jornais australianos publicaram informações, acusando-o de cometer pessoalmente abusos sexuais contra crianças quando era padre. Na ocasião, em uma nota, ele negou "firmemente" as acusações.
Anteriormente ele foi acusado de tentar comprar o silêncio de uma vítima de um padre pedófilo, o que também negou e acusação pela qual se disse "horrorizado" há dois anos.
Fonte: G1
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