O presidente da República, Michel Temer, se reuniu nesta segunda-feira (1º), no Palácio da Alvorada, com ministros das equipes econômica e da articulação política para tratar da reforma da Previdência.
A comissão especial na Câmara que discute o tema deve votar nesta semana o parecer do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), com as novas regras para a aposentadoria.
Compareceram à reunião com Temer os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Mendonça Filho (Educação) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), além do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Também participaram o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), o líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o relator na comissão especial, deputado Arthur Maia, e o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano.
Na terça-feira (2), a comissão especial deverá realizar a última sessão de debates entre os deputados. A previsão é que a votação do relatório seja iniciada no dia seguinte e termine até quinta-feira (4).
Ao final do encontro, que durou mais de três horas, Aguinaldo Ribeiro disse que o governo acredita que o parecer será facilmente aprovado pela comissão. Segundo ele, é preciso ter pelo 19 dos 37 votos para ser aprovado, mas que espera-se "um placar bem mais amplo que esse".
"Nós temos convicção de que temos a maioria ampla na comissão. Estamos trabalhando ainda com alguns partidos aqueras dúvidas que há ainda em relação ao texto para ajustar o placar amplamente majoritário na comissão", afirmou.
Depois, o texto fica pronto para ser votado no plenário da Câmara onde, por se tratar de uma mudança na Constituição, precisará de pelo menos 308 votos para ser aprovado e seguir ao Senado.
Entre outros pontos, o relatório do deputado Arthur Maia propõe 65 anos para homens e 62 anos para mulheres como idade mínima para quem for se aposentar pelo INSS, além de 25 anos de tempo de contribuição.
Votação
O governo tem trabalhado nos últimos dias para garantir os votos suficientes para aprovar a reforma da Previdência. Segundo Aguinaldo Ribeiro, o momento é de "consolidação da base".
A votação da reforma trabalhista na semana passada serviu de termômetro para medir a fidelidade às propostas de Temer e mapear os aliados dissidentes. Na ocasião, o texto foi aprovado com 296 votos, abaixo dos 308 necessários para o da Previdência.
Para conseguir engrossar a base aliada, quatro ministros que detêm mandato de deputado federal chegaram a ser exonerados temporariamente para participarem da votação: Bruno Araújo (Cidades), Mendonça Filho (Educação), Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia) e Ronaldo Nogueira (Trabalho).
Segundo o Blog do Camarotti, o governo fez uma contabilidade das "traições" da votação da reforma trabalhista e decidiu agir contra esses deputados.
A estratégia de articuladores políticos é retirar os cargos no governo de pelo menos 20 parlamentares rebeldes. De acordo com Ribeiro, esse tema não foi tratado na reunião.
Fonte: G1
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