O deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) enviou um documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual afirma que entregou à Polícia Federal uma mala com R$ 465 mil. A entrega, segundo a defesa do parlamentar, foi realizada na noite desta segunda-feira (22).
Junto ao documento, o peemedebista entregou o auto de infração, documento no qual a PF registrou a apreensão da mala. A Polícia Federal informa no registro que Rocha Loures devolveu o dinheiro em 9,3 mil cédulas de R$ 50.
Loures foi filmado recebendo a mala de dinheiro em restaurante nos Jardins, na capital paulista, e é apontado como intermediário do presidente Michel Temer para assuntos do grupo J&F com o governo.
Segundo a investigação, o presidente Michel Temer indicou o deputado afastado para resolver uma disputa relativa ao preço do gás fornecido pela Petrobras à termelétrica do grupo JBS.
Joesley Batista, dono da JBS, marcou um encontro com Rocha Loures em Brasília e contou sobre sua demanda no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Pelo serviço, Joesley ofereceu propina de 5%, e o deputado deu o aval.
O deputado afastado foi filmado pela PF recebendo uma bolsa que, segundo Joesley Batsta, tinha R$ 500 mil enviados pela empresa. De acordo com o delator, o pagamento a Rocha Loures seria semanal e no mesmo valor pelo período de 20 anos.
Conforme o relatório, o valor semanal poderia chegar a R$ 1 milhão se o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), valor fixado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), em R$/MWh , para a comercialização da energia, ultrapassasse R$ 400.
A entrega do dinheiro para Rocha Loures, feita por Ricardo Saud, diretor da JBS, ocorreu em São Paulo. Depois de passar por três endereços em um mesmo encontro (um café em um shopping, um restaurante e uma pizzaria), Loures deixa a pizzaria levando uma mala preta com o dinheiro.
Fonte: G1
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