O juiz federal Sérgio Moro mandou soltar nesta terça-feira (30) o ex-banqueiro José Augusto Ferreira dos Santos, detido na 41ª fase da Operação Lava Jato. Ele é suspeito de ter sido beneficiado com parte da propina paga pela compra de um campo de petróleo, em Benim, feita pela Petrobras.
O ex-banqueiro foi detido em caráter temporário, na sexta-feira (26). O prazo da prisão terminava nesta terça-feira e poderia ser estendida por mais cinco dias ou transformada em preventiva, quando não há prazo para sair. No entanto, o Ministério Público Federal não requisitou nenhuma dessas medidas à Justiça.
Apesar da soltura, Moro determinou uma série de medidas que devem ser cumpridas pelo ex-banqueiro. Santos fica proibido de mudar de endereço ou se afastar de casa por mais de 30 dias, sem autorização da Justiça. Ele também terá o passaporte apreendido e só poderá deixar o Brasil se for liberado por Moro.
Ex-gerente segue preso
O ex-gerente da Petrobras Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, que também foi detido na 41ª fase da Lava Jato, deve seguir preso. Ele foi alvo de um mandado de prisão preventiva, sem prazo para sair. Até o momento, não há nenhuma decisão para libertá-lo.
41ª fase da Lava Jato
Esta última etapa da Lava Jato foi batizada de "Poço Seco".
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o ex-gerente da Petrobras, o ex-banqueiro e outras cinco pessoas – relacionadas a um total de cinco contas mantidas na Suíça e nos Estados Unidos – são suspeitos de terem recebido pagamentos ilícitos, entre 2011 e 2014, que totalizaram mais de US$ 7 milhões. Todos eles são investigados.
Os fatos podem configurar os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, segundo os procuradores.
Os pagamentos de propina, feitos para efetivar a venda, foram intermediados pelo lobista João Augusto Rezende Henriques, operador do PMDB no esquema da Petrobras.
Augusto Rezende Henriques está preso desde setembro de 2015 pela Lava Jato e foi condenado a sete anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em decorrência dos mesmos fatos, em outro processo. Naquele processo, foram condenados também o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha e o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada.
Fonte: G1
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