O escritório do advogado Marlus Arns de Oliveira deixou a defesa do ex-deputado federal Eduardo Cunha, nesta quinta-feira (18). A decisão ocorreu um dia após a revelação de que o empresário Joesley Batista, dono do grupo JBS, pagou uma suposta mesada a Cunha, para que ele não fizesse um acordo de delação premiada com a Justiça. O pagamento teria recebido a anuência do presidente Michel Temer.
Oliveira não informou porque desistiu de defender o ex-deputado. Apesar de sair do rol de advogados de Cunha, até o momento, ele permanece como advogado da mulher dele, Cláudia Cruz, em um dos dois processos a que ela responde em Curitiba, por improbidade administrativa. Ela também é ré em uma ação penal que apura os mesmos casos pelos quais o marido já foi condenado.
Cunha está preso em Curitiba desde outubro de 2016, por decisão do juiz federal Sérgio Moro, dias após o ex-presidente da Câmara dos Deputados perder o mandato parlamentar. Em março deste ano, o magistrado condenou o ex-deputado a 15 anos e quatro meses de prisão, por três crimes.
Escritório defende outros réus
O mesmo escritório que deixou a defesa de Eduardo Cunha também atua, ao todo, com 10 réus da Operação Lava Jato. Alguns deles, inclusive, são delatores que obtiveram vantagens ao entregar provas e suspeitos de participar do esquema da Lava Jato.
Entre esses delatores, está o ex-vice-presidente da construtora Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, que está sob investigação por, supostamente, ter fraudado a prestação de serviço comunitário que deveria prestar, como contrapartida pela redução da pena conseguida com a delação.
Leia a íntegra da nota do escritório
O escritório Arns de Oliveira & Andreazza Advogados Associados, a partir de hoje (18), não advoga mais para o ex-deputado Eduardo Cunha, sendo que substabelece sem reservas para os advogados que já estão na defesa
Fonte: G1
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