Um operário que trabalha nas obras de reforma da Penitenciária Estadual de Alcaçuz encontrou maconha, aparelhos celulares e carregadores. O material estava embrulhado em pacotes enterrados sob o piso do pavilhão 1. A descoberta aconteceu na manhã desta quarta-feira (3). Titular da Secretaria de Justiça e da Cidadania (Sejuc), Wallber Virgolino disse ter ficado surpreso com a notícia e que vai determinar a instauração de um processo administrativo.
"Depois de várias buscas, revistas e operações minucionsas em razão das rebeliões que ocorreram em janeiro, essa descoberta só demonstra o quanto é difícil trabalhar com presos, e reforça ainda mais o quanto é necessário reconhecer a atuação dos agentes penitenciários", ressaltou Virgolino.
Ainda de acordo com o secretário, o material apreendido será entregue à polícia.
Massacre
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Maior presídio do Rio Grande do Norte, a unidade foi palco de uma série de rebeliões em janeiro deste ano, quando detentos de duas facções criminosas rivais se confrontaram. Pelo menos 26 presos foram mortos. Destes, 15 tiveram as cabeças arrancadas. O episódio ficou conhecido como o 'Massacre de Alcaçuz', o mais violento da história do sistema carcerário potiguar. A unidade ficou destruída.
Novas carceragens
Após a retomada do controle, presos dos pavilhões 1, 2 de 3 foram removidos para o Presídio Rogério Coutinho Madruga, mais conhecido como Pavilhão 5 de Alcaçuz, que faz parte do complexo. E lá continuam até que a reconstrução dos pavilhões acabe.
Os novos pavilhões não terão tomadas. Assim, nada mais de ventiladores, rádios ou aparelhos de TV. No início da semana, o governo anunciou a conclusão das obras no pavilhão 3. A reocupação do prédio, no entanto, ainda não aconteceu.
As obras de reconstrução de Alcaçuz custarão aos cofres públicos R$ 3,2 milhões.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!